O Santos apresentou na reunião desta terça-feira a sua segunda proposta para tentar renovar o contrato do atacante Robinho. O encontro, no entanto, ficou marcado por uma espécie de “lei do silêncio” instituída entre as partes, que prometeram evitar abrir publicamente as negociações, além do não aparecimento do camisa 7 na atividade em campo no CT Rei Pelé, alegado pela assessoria pelo fato de realizar fortalecimento muscular na academia.
Robinho foi o único titular sem problemas de lesão que não trabalhou. Além dele, somente os volantes Valencia, que trata de uma mialgia na panturrilha esquerda, e Renato, submetido a uma pulsão no joelho esquerdo, não treinaram no gramado, mas que podem retornar já no fim de semana, contra o Sport.
Nos bastidores, o clube acena acatar a pedida de cinco anos de contrato do jogador sonhando que, antes de encerrar o vínculo, poderá negociá-lo com mercados alternativos e até recuperar parte do investimento. Os dirigentes mostraram a segunda forma de como pagariam no tempo total de vínculo a pedida de R$ 1 milhão mensal.
“Nós não estamos discutindo luvas ou tempo de contrato, tudo isso importa pouco. O que importa mesmo é o valor global do contrato, como vai ser pago e o tempo de contrato. Essas são as três variáveis. O nome que vamos dar para as coisas: parcela, luva, imagem, CLT, bonificação, pouco importa. O que nos importa é o valor total, a forma de pagamento e o tempo de contrato”, argumentou Modesto.
Robinho falou durante a sua última entrevista que não está disposto a baixar o atual patamar salarial de R$ 1 milhão mensais dizendo querer melhorar em tudo: "meu chute de perna esquerda, de direita e isso (salário) também tem que melhorar". O camisa 7 ainda alegou que aceitaria jogar por rivais.
Os dirigentes desejam saber a real possibilidade de uma transferência no futuro, já que Robinho já avisou que não deixará o País no momento. O jogador recebeu sondagens de algumas equipes de fora, a principal delas dos Estados Unidos, mas rechaçou sair. A decisão parte de um pedido pessoal da família pela proximidade do nascimento de sua filha após longos anos morando na Europa.
O Terra noticiou que os representantes do atleta já avisaram ao Santos que o atacante quer um contrato de cinco anos para permanecer , usando a valorização como principal trunfo para conseguir um bom contrato.
O presidente Modesto Roma Júnior, por sua vez, disse ter saído satisfeito da reunião de sexta com a advogada e o pai do atacante. O mandatário não quis expor a distância que ainda separa clube e o jogador de um acerto, mas avisou que a diretoria não acelerará as negociações devido à apresentação à Seleção Brasileira para a disputa da Copa América e, principalmente, pela pressão devido ao interesse dos rivais.
O atacante se apresentará à Seleção Brasileira na próxima segunda-feira para a disputa da Copa América, no Chile. Antes, fará a sua despedida diante do Sport , no fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro .