Jardine explica convocação de Daniel Alves e fala sobre imbróglio envolvendo Pedro

28 jun 2021 - 23h53
(atualizado às 23h53)

Aos 38 anos, Daniel Alves terá a oportunidade de defender a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021. Na noite desta segunda-feira, o técnico André Jardine explicou os motivos pelo qual convocou o experiente lateral.

"O Daniel atendeu aqueles pré-requisitos que a gente estabeleceu para esses jogadores acima da idade. Procurava um líder, um histórico de seleção, vencedor. É um lateral com capacidade de cumprir qualquer função tática. Seja vindo por dentro, virando o lateral armador, ou sendo o lateral ala ponta, como ele vem jogando agora no São Paulo. O fato é que ele é um jogador de excelência, com experiência sobrando para passar para todo mundo e vai dar esse toque a mais pra nossa seleção, ver deixar ela mais pesada, mais cascuda", disse ao SporTV.

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O comandante evitou detalhar onde pretende utilizar o camisa 10 do São Paulo na Seleção. Ele pode ser escalado tanto na lateral, sua posição de origem, quanto no meio de campo, setor em que ele atuou na temporada passada pelo Tricolor.

"Onde eu vou usar ele vai muito pelo jogo, vai muito para o planejamento de cada jogo. É justamente essa capacidade que ele me dá, de poder variar de um jogo para outro, usando ele em funções diferentes. Muitas vezes até para surpreender o adversário, para a gente ter um repertório tático maior", acrescentou.

Outro jogador que chamou a atenção na lista dos convocados foi o atacante Pedro. Isso porque o Flamengo não quer liberar o seu atleta para a disputa dos Jogos Olímpicos. Jardine, no entanto, deixou claro que espera contar com o centroavante rubro-negro.

"O Pedro é um um jogador que vive um grande momento. Eu me cobro muito para em cada convocação fazer justiça com o que os atletas. Sabemos que muitos trabalham para chegar. Em primeiro lugar, o Pedro merecia estar na lista das Olimpíadas, porque trabalhou para isso, acabou agora a última etapa tendo duas atrações fantásticas, fazendo gol, jogando muito bem e que para mim foi o carimbo final que ele precisava. Ele ainda não tinha tido com a Seleção Olímpica jogos em que ele conseguisse confirmar toda a expectativa que a gente tinha com ele", comentou.

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"Se o Flamengo vai liberar ou não, eu costumo dizer que a gente usa muito o bom senso, a gente sabe que vai precisar da compreensão e da parceria dos clubes, não têm uma imposição, não existe briga com todo mundo, existe parceria, se o clube não quiser liberar, a gente tem que entender os motivos e a gente acaba tendo que que escolher um outro jogador. No caso do Flamengo, ao mesmo tempo que a gente cuida muito aqui para não prejudicar o grupo, em muitos momentos eu cedi por exemplo em não levar mais jogadores do Flamengo quando a seleção principal já tinha um ou dois. Então, muitas vezes usamos esse bom senso. Mas ao mesmo tempo que não queremos prejudicar, a gente não pode se beneficiar. Se tem um jogador que merece estar na lista, como é que não vou convocá-lo se outros clubes também vão ceder jogadores?", finalizou.

O Brasil estreia nos Jogos Olímpicos no dia 22 de julho, diante da Alemanha, em Yokohama. A segunda rodada será disputada no mesmo estádio, contra a Costa do Marfim, no dia 25. O fim da fase de grupos será no dia 28 de julho, contra a Arábia Saudita, em Saitama.

Gazeta Esportiva
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