O Santos está próximo de anunciar um socorro para amenizar a sua dívida salarial com o elenco campeão paulista. O clube recorreu ao Banco BMG e deve conseguir aproximadamente R$ 8 milhões para quitar parte dos direitos de imagem, a maior fatia envolvendo o atacante Robinho. A possibilidade do acordo ainda não é confirmada oficialmente, mas pode ser concretizada até quarta-feira e já chegou aos jogadores.
“Existe o problema, mas a diretoria se mostra presente. Tenho certeza que em breve espaço de tempo vai resolver tudo. Mesmo com esses atrasos a diretoria se faz presente e se Deus quiser nos próximos dias isso vai ser resolvido”, disse o técnico Marcelo Fernandes.
“Não falta disposição dos atletas. A diretoria não é só de papo, essa informação de vai quitar nada mais é do que um reconhecimento aos jogadores. Eles notam o retorno (...) Isso motiva os jogadores, pois a diretoria trabalha forte para ficar tudo mil por cento”, completou.
O clube já utilizou o montante recebido de premiação com a conquista do Campeonato Paulista para quitar parte da dívida. A ação visou minimizar o problema com relação aos direitos de imagem, maior fatia do salário dos atletas, não pagos desde setembro do último ano. Alguns atletas, entre eles Robinho, chegaram a completar até oito meses de atrasos.
Do valor, o clube só teve acesso a R$ 1,7 milhão, já que o restante foi bloqueado pela Justiça para o pagamento de uma dívida com o ex-técnico Muricy Ramalho, que cobra R$ 1,3 milhão referente a uma rescisão contratual.
O clube tem feito de tudo para amenizar a má fase financeira. Só para as finais acertou quatro patrocínios: Museu Pelé, no espaço master; Joli, barra traseira da camisa; Rafarillo Calçados; barra frontal, e a 99Taxis, nos ombros.
O presidente Modesto Roma Jr. tinha como promessa ao elenco começar a quitar parte dos direitos de imagem atrasados até o fim de abril, mas, com receitas bloqueadas, adiou o pagamento para depois do Campeonato Paulista.
Modesto também já tinha acordado com o elenco o parcelamento da dívida, com a promessa de pagar a primeira de oito parcelas no início de abril. O acordo era de pagar, além do salário registrado em CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a imagem referente ao mês, sempre metade de um dos meses pendentes. No caso, os jogadores receberão metade do montante referente a setembro e teriam a dívida quitada em oito meses.
Desde o início da atual gestão, somente os direitos de imagem estão pendentes, já que os salários em CLT tem sido cumpridos, assim como os atrasados nessa plataforma de pagamento foram regularizados.