Relator da MP do futebol afirma: "agora é vai ou racha"

Otavio Leite espera que MP passe pela Câmara dos Deputados para chegar até o Senado em tempo de ser referendada

6 jul 2015 - 09h58
(atualizado às 10h06)

A Medida Provisória (MP) do Futebol, que trata do refinanciamento das dívidas dos clubes com a União, entre outras medidas, vai ser votada nesta terça-feira no plenário da Câmara diante de dirigentes de vários clubes de ponta do futebol, brasileiro, defensores de mudanças profundas na estrutura do esporte, como Flamengo, Fluminense e Bahia. Eles foram convidados pelo relator da MP, deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).

Se MP passar, CBF se tornará passível de investigações do Ministério Público
Se MP passar, CBF se tornará passível de investigações do Ministério Público
Foto: CBF / Divulgação

Representantes do Bom Senso FC também estarão no Congresso a fim de pressionar os parlamentares para que aprovem o texto elaborado pelo deputado do Rio. “Entramos na última fase. Agora é vai ou racha”, disse Otavio Leite ao Terra .

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Uma vez aprovada, mesmo que receba emendas, a MP segue para o Senado, onde tem até 17 de julho para ser referendada. Se o prazo for expirado, ela perde a validade.

O maior temor dos que apoiam a MP está na capacidade de a bancada da bola, ligada à CBF, efetuar alguma manobra com o objetivo de impedir a votação final pelo Senado. A entidade e a maioria das 27 federações estaduais de futebol do País fazem lobby em seus Estados para não permitir, por exemplo, mudanças em seus colégios eleitorais.

A CBF também contesta artigo que a define como patrimônio imaterial do País, o que a deixaria suscetível a investigações do Ministério Público. “A maior parte dos grandes clubes quer mudanças estruturais e está de acordo com a MP, às vezes com uma ou outra pequena ressalva, mas não podemos perder mais tempo. O futebol brasileiro precisa se modernizar”, afirmou Leite.

O deputado do PSDB, contrariando a lógica dos últimos embates de partidos políticos no Congresso, está respaldado pela quase totalidade dos parlamentares do PT pela aprovação da MP.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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