Afastado inicialmente por 30 dias da presidência da CBF, em 6 de junho, por causa de acusação de assédio sexual e moral, Rogério Caboclo se mobiliza para tentar obter apoio político entre dirigentes de federações estaduais, a fim de voltar ao poder. Sua saída temporária do cargo se deu por decisão do Comitê de Ética da entidade. Mas são essas entidades que têm o poder de retirá-lo definitivamente do posto máximo da CBF.
No Rio, ele tem recebido a visita de presidentes de federações para fechar possíveis acordos. Quem está na dianteira dessas negociações é o mandatário da federação goiana, André Pitta, o qual vem intermediando alguns contatos, segundo o Terra apurou.
Ao fim dos 30 dias estabelecidos pelo Comitê de Ética, prazo para que Caboclo prepare sua defesa contra a denúncia de uma funcionária da CBF, o período de afastamento pode ser ampliado ou não. De todo modo, só uma Assembleia Administrativa da confederação, em que votam apenas as 27 federações, é que decidirá seu destino.
Internamente, na CBF, a quase totalidade de seus diretores permanece favorável à punição definitiva a Caboclo, vários deles trabalhando nos bastidores para isso se concretizar. São homens de confiança de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF que foi banido do futebol em 2018 pela Fifa devido a escândalos de corrupção.
Del Nero e Caboclo eram aliados, unha e carne na política da CBF. Foi o banido que levou o afastado para o comando do futebol nacional. Mas, recentemente, desentenderam-se, em parte, por divergências em operações comerciais da entidade. Tornaram-se inimigos