Dois ex-craques do futebol brasileiro, hoje comentaristas de TV, Casagrande e Neto defenderam o banimento do técnico Rafael Soriano, que trabalhava na Desportiva Ferroviária, e agrediu com uma cabeçada a árbitra-assistente Marcielly Netto durante jogo com o Nova Venécia pelo Campeonato Capixaba, no domingo (10). Ele foi demitido do clube após o incidente.
O caso já está no TJD-ES (Tribunal de Justiça Desportiva do Espírito Santo), que julgará Rafael e poderá suspendê-lo de 180 a 720 dias. A punição, para Casagrande e Neto, deveria ser mais rigorosa ainda.
“Demissão, suspensão, isso é pouco. Ele tem de ser eliminado do esporte. Foi uma atitude covarde, machista. E ainda teve a coragem de falar que ela estava se aproveitando da situação por ser mulher”, desabafou Casagrande, em texto publicado no ge.com.
Já Neto, no Programa Os Donos da Bola, que foi ao ar nessa segunda (11), defendeu a prisão de Rafael Soriano. “Não foi agressão contra uma bandeirinha, foi contra uma mulher”, disparou o ex-meia. Para ele, os jogadores dos dois times, os reservas e as respectivas comissões técnicas da Desportiva Ferroviária e do Nova Venécia pecaram pela “passividade”. “Tinham que tirar o cara e colocar numa jaula.”
Rafael Soriano alega que não agrediu Marcielly, embora, à distância, as câmeras mostrem o contrário. Ele foi expulso. Ao sair de campo, acusou a assistente de arbitragem de encenação. A confusão ocorreu no intervalo da partida, válida pelas quartas de final do Capixaba. O TJD-ES já o suspendeu preventivamente por 30 dias.