A declaração do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, de que vai viajar para a Europa nos próximos dias a fim de tratar da contratação do novo técnico da Seleção brasileira masculina deixa claro que são remotas as possibilidades de um treinador em atividade no Brasil ser o escolhido para o novo ciclo. Essa hipótese só passará a ser considerada se o dirigente regressar da viagem sem um acerto.
Nesse caso, Abel Ferreira voltaria a figurar como favorito. O técnico do Palmeiras, diante dos últimos esclarecimentos de Ednaldo, estaria hoje na condição de plano B da CBF. Na própria entidade há muitos admiradores do trabalho de Abel e eles falam sobre o treinador abertamente com seus colegas de confederação.
Ednaldo, no entanto, mantém a discrição. Ele comentou com descontração há dois dias que até a recente virada do ano já havia a especulação de 26 nomes, pela imprensa, sobre o possível substituto de Tite, que deixou o cargo oficialmente na terça-feira (17). “Obviamente, alguém vai acertar”, disse, em conversa com a reportagem do Terra.
Um dos pontos do qual Ednaldo não abre mão é o de enxugar a máquina da comissão técnica. O grupo de Tite, por exemplo, comportou mais de 70 profissionais que estiveram na Copa do Catar em novembro, incluindo aí os 26 jogadores convocados. O presidente da CBF e seus auxiliares diretos não veem a necessidade de tanta gente assim no comando e no entorno da Seleção.