O técnico Dunga e coordenador de seleções Gilmar Rinaldi vão saber, nesta terça-feira, que estão firmes no comando da Seleção Brasileira e que nem mesmo eventuais tropeços nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 podem representar a demissão da dupla. O Brasil estreia em outubro e vai fazer os dois primeiros jogos sem Neymar, punido com suspensão de quatro partidas (já cumpriu duas) por indisciplina durante a Copa América.
No início da tarde, Del Nero receberá Rinaldi para uma reunião na sede da CBF, no Rio. O tom da conversa será amistoso e vai marcar o compromisso da diretoria da entidade com a atual comissão técnica da Seleção - Dunga não estará presente no encontro. Na avaliação do presidente, os fracassos na Copa América não ofuscam o trabalho do técnico desde que reassumiu o posto, após o vexame da equipe na Copa do Mundo do ano passado.
"Eles devem ter tranquilidade para continuar desenvolvendo o ótimo trabalho de renovação. Isso demanda tempo. Ou se faz um trabalho de médio e longo prazo ou se muda a cada resultado adverso. Não existe pressão que resulte na saída deles", disse o secretário geral da CBF, Walter Feldman.
Feldman ressaltou que Del Nero deixaria isso claro na reunião. "O presidente vai enfatizar que confia neles e que não se deve temer tropeços nas eliminatórias", completou.
A história recente da relação entre dirigentes da CBF e técnicos da Seleção dão margem a outras interpretações. Durante o longo período na presidência da entidade (1989 a 2012), Ricado Teixeira assegurou categoricamente a permanência de Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão e Mano Menezes no comando. Cada um a seu tempo, os três foram demitidos antes mesmo da disputa de um Mundial.