Não há nenhum registro na história dos clássicos do futebol brasileiro do feito protagonizado pelo Flamengo, na quarta-feira (25), quando saiu de um 0 a 0, com um jogador a menos, e goleou o Grêmio, fora de casa, por 4 a 0. Esse ineditismo também vale individualmente, tanto para a equipe carioca quanto para os gaúchos.
Jamais o Flamengo havia vencido algum adversário desse modo – com um a menos, por expulsão, ter construído uma goleada como a que deixou marcas em Porto Alegre, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Tampouco o Grêmio, com um a mais, sofrera tamanho revés em toda a sua trajetória.
Em que pese a posição do Grêmio no Brasileiro, onde ocupa a zona de rebaixamento, o time dirigido por Luiz Felipe Scolari tem qualidades para reagir e buscar chegar entre os oito melhores da competição, o que lhe garantiria na próxima Libertadores. Pela Copa do Brasil, no jogo com o Flamengo no Rio, é se esforçar ao máximo para não fazer feio de novo.
Pode-se dizer, pelo que produziu naquela partida, que o Flamengo, com 10 em campo, ainda assim seria favorito contra quase todos os clubes da Série A.
Pelo desempenho até o momento no Brasileiro, Chapecoense, América-MG, Sport, Bahia, Cuiabá e Juventude não fariam frente ao Flamengo, teoricamente, se o confronto fosse de 11 contra 10.
Jogos com Fluminense, São Paulo, Santos, Internacional, Athletico-PR, Ceará, Atlético-GO e Corinthians, em situação semelhante, tenderiam a ser mais difíceis, mas ainda assim com boas chances para o Flamengo. Talvez Fortaleza e Bragantino, hoje, complicassem a tarefa do time rubro-negro, tornando essas partidas mais equilibradas. E o cenário poderia mudar de lado sem nenhuma surpresa com os rivais Atlético-MG e Palmeiras.