A Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro lançou nesta quinta-feira no Cristo Redentor, na Zona Sul, uma campanha de conscientização dos perigos do tráfico de pessoas durante a realização da Copa do Mundo.
A iniciativa prevê a instalação em praças públicas de uma enorme caixa com mensagens sobre este tipo de crime. A caixa é colorida por e conta com frases atrativas para os pedestres como "Conheça o mundo e ganhe um bom dinheiro" ou "Enfrente um novo desafio e ganhe experiência", comumente usada por traficantes para captar pessoas com o pretexto de uma falsa oportunidade de trabalho.
Quando a porta da caixa se abre, aparece uma enorme quantidade de histórias de vítimas desse crime, como Jéssica e Raquel, de 12 e 13 anos, respectivamente, que foram drogadas e levadas a Fortaleza para ser exploradas sexualmente.
Outro dos casos refletidos na caixa é o de 12 jovens com idades entre 14 e 16 anos do Pará que foram levados a São Paulo com a promessa de se transformar em estrelas do futebol e acabaram em um cubículo sem assistência sanitária ou educação.
"Essa campanha é importante devido ao grande fluxo de pessoas no país, durante a Copa. É uma questão transnacional, que não acontece apenas no Brasil. Acontece na África e Europa. O primeiro passo para acabar com o tráfico é a educação. Se as pessoas tiverem consciência de que isso existe, podem ter mais discernimento na hora de fazer suas escolhas", afirmou o subsecretário estadual de Direitos Humanos, Raimundo Neto.
Inicialmente, a caixa ficará na Praça São Judas Tadeu, ao lado da estação do do trenzinho que leva ao Corcovado. Depois, ela será levada para a Vila Mimosa, região de prostituição na Zona Norte de Rio, e, em seguida, para as igrejas da Penha e Nossa Senhora da Paz.