Guia da polícia orienta estrangeiro a 'não reagir' na Copa

11 mai 2014 - 08h36
(atualizado às 08h37)

A Polícia Civil de São Paulo irá enviar um guia com dicas de segurança aos estrangeiros que vierem a Copa do Mundo antes do embarque nos aeroportos de origem. Com a escalada do número de furtos e roubos no Estado, terroristas e black blocs são preocupação menor. O principal alerta é para o crime de latrocínio (roubo seguido de morte): se for assaltado, "não reaja, não grite, nem discuta". As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo. 

A ideia foi do presidente do Comitê de Gestão da Copa do Mundo da Polícia Civil de São Paulo, Mário Leite. Os panfletos deverão ser publicados em inglês, espanhol e francês, além de português. Embaixadas e consulados farão a distribuição a seus cidadãos do guia especial criado para os grandes eventos. "Estou preparando nossos policiais para evitar a prática do crime de latrocínio. Por quê? Os turistas que vêm principalmente da Europa e dos Estados Unidos não veem com muita frequência esse tipo crime lá. Como não estão acostumados, eles vão reagir ao assalto", afirmou o delegado Leite.

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Entre algumas das orientações do guia está, por exemplo, "no trajeto entre os seus destinos, procure observar se alguém está te seguindo". Os policiais também têm sido treinados pela Academia de Polícia para atender os estrangeiros vítimas de violência - são esperados ao menos 600 mil viajantes do exterior durante os jogos no Brasil, entre 12 de junho e 13 de julho. São oferecidos ainda cursos de idiomas aos agentes e montado um "banco de talentos" com os profissionais fluentes em línguas estrangeiras. Nas delegacias das áreas onde haverá jogos, um grupo de intérpretes treinados pela Polícia Civil reforçará o atendimento.

A Polícia Militar adaptou o serviço de 190 para receber chamados de estrangeiros. Na Europa, o número é 112, e nos Estados Unidos, 911 - quem discar aqui para esses números, será direcionado para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Equipes de plantão com atendentes serão capazes de se comunicar pelo menos em inglês e espanhol.

Fonte: Terra
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