O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, negaram nesta sexta-feira a possibilidade de a Copa das Confederações ser afetada pelos protestos realizados nas capitais brasileiras contra o aumento das tarifas de ônibus. As manifestações realizadas no Rio e em São Paulo na noite de quinta foram o principal assunto da primeira entrevista do ministro no centro aberto de mídia montado no Forte de Copacabana para a competição.
"A Copa das Confederações e a Copa do Mundo vão ocorrer sem relação direta com as manifestações", disse o ministro. Ele afirmou que os protestos são democráticos desde que respeitem os princípios da sociedade democrática.
Manifestações atingem centro de ingressos da FIFA no Rio
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Para o ministro, as cenas de repressão às manifestações não passarão uma imagem negativa do Brasil. "O mundo perceberá que o Brasil não dispõe apenas dos direitos, mas dos instrumentos capazes de conter qualquer tipo de abuso, seja por parte das manifestações ou da repressão".
Já o representante do governo estadual garantiu que o Maracanã terá um cinturão de isolamento em que só será possível entrar com ingresso ou credencial. "Próximo ao estádio não será possível realizar qualquer manifestação", afirmou.
Veja protesto contra a Copa das Confederações em Brasília
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Sobre os manifestantes, Fichtner declarou: "com esses grandes eventos internacionais, há pessoas que querem aparecer, que querem dar conhecimento à sua causa política e pessoas que querem prejudicar quem assume a responsabilidade de realizá-los".
O secretário também afirmou que os protestos fazem parte da democracia: "A única possibilidade de não termos [as manifestações] seria não sermos uma sociedade democrática ou não realizarmos esses eventos no Brasil. Temos que conviver democraticamente [com isso], mas o que a gente espera é que não haja o abuso, a violência e [o protesto] não ultrapasse o limite de uma manifestação normal".
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A "maldição" da Copa das Confederações não se resume apenas a seleções - uma vez que nunca um país que conquistou o título do torneou levantou a Copa do Mundo na edição seguinte. Muitos jogadores, esquemas táticos ou até mesmo equipes inteiras naufragaram em Mundiais depois de terem se destacado nas Confederações e enchido a torcida de esperança. Confira:
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A Copa das Confederações começou a ser disputada em 1992, em um modelo muito mais simples do que o atual - apenas com quatro seleções participantes. A Argentina foi a campeã do torneio, com uma boa atuação do artilheiro Gabriel Batistuta. Dois anos depois, na Copa de 1994, o país sul-americano só conseguiu a classificação na terceira posição do Grupo D e caiu nas oitavas de final para a Romênia
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Já disputada no atual formato, com dois grupos de quatro seleções, a Copa das Confederações de 1997 foi vencida pela Seleção Brasileira, que contava com um ataque invejável: Romário e Ronaldo. Juntos, eles fizeram 11 dos 14 gols do time comandado por Zagallo. A dupla Ro-Ro, porém, não foi repetida na Copa de 1998 - Romário sofreu uma contusão às vésperas da estreia e foi cortado da delegação
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Outro grande destaque das Confederações de 1997 foi o meia-atacante Denílson, eleito melhor jogador da competição. O habilidoso meia, que foi negociado em seguida com o espanhol Real Betis, amargou o banco na Copa de 1998
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A grande surpresa em 1997 foi a Austrália, vice-campeã do torneio, eliminando seleções tradicionais como México e Uruguai. No entanto, o país da Oceania sequer conseguiu se classificar para a Copa do ano seguinte, perdendo a repescagem para o asiático Irã
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Dois anos depois, em 1999, o México organizou as Confederações e ficou com o título ao vencer a Seleção Brasileira na final. A equipe, porém, fez a pior campanha na edição de 2001 e parou nas oitavas de final da Copa de 2002
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Um dos artilheiros das Confederações de 1999 foi o mexicano Cuauhtemóc Blanco, com seis gols. Na Copa de 2002, o atacante balançou as redes apenas uma vez e viu seu país perder nas oitavas de final para o vizinho Estados Unidos
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O Brasil nas Confederações de 1999 foi armado por Alex, que havia acabado de conquistar a Libertadores pelo Palmeiras. O meia vestiu a camisa 10 da Seleção vice-campeã e marcou quatro gols no torneio, mas ficou fora do grupo que faturou o penta de 2002
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Campeã do mundo em 1998, a França renovou o favoritismo para levar o bi ao conquistar as Confederações de 2001. No entanto, em 2002, a equipe foi a maior decepção da Copa: ficou na última posição do Grupo A e foi eliminada sem marcar um gol sequer
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Melhor jogador e artilheiro das Confederações em 2001, o meia-atacante Robert Pires passou em branco na Copa de 2002 e não conseguiu impedir a eliminação da equipe
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A Austrália, assim como em 1997, surpreendeu em 2001: foi terceira colocada (bateu o Brasil na disputa entre os dois países eliminados na etapa semifinal), com direito até a uma vitória sobre a França na fase de grupos. Os oceânicos, porém, mais uma vez perderam a repescagem das Eliminatórias - desta vez para o Uruguai - e ficaram fora do Mundial
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Já em 2003, quem fez boa campanha nas Confederações e ficou fora da Copa de 2006 foi a seleção de Camarões. Vice-campeões do torneio de maneira honrosa, depois da morte de Marc-Vivien Foé em campo no duelo contra os Estados Unidos, os africanos só perderam para a França na prorrogação. Nas Eliminatórias, contudo, foram um fiasco e não foram se classificaram para o Mundial disputado na Alemanha três anos depois
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Giovanny Hernández levou a Colômbia ao quarto lugar da Copa das Confederações de 2003, fazendo inclusive três gols no torneio. O meia, porém, não deslanchou - assim como a seleção sul-americana, que ficou fora da Copa de 2006
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Terceira colocada da Copa de 2002 de maneira surpreendente, a Turquia repetiu a dose nas Confederações de 2003 e dava mostras de que poderia se firmar entre as grandes forças mundiais a partir de então. A seleção, entretanto, caiu de produção e nem se classificou para o Mundial de 2006
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Na Copa das Confederações de 2005 surgiu uma formação que encheu a torcida brasileira de empolgação: o quadrado mágico, composto por Kaká, Ronaldinho, Robinho e Adriano. O esquema ajudou o Brasil a chegar ao título do torneio, mas foi considerado um fracasso na Copa de 2006 - quando Ronaldo entrou no lugar de Robinho
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Adriano foi eleito craque da Copa das Confederações de 2005 e terminou a competição como artilheiro, com cinco gols em cinco jogos. Um ano depois, não foi diferencial no ataque da Seleção Brasileira eliminada pela França nas quartas de final
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Em 2005, um atacante despontou como promessa do futebol argentino: Luciano Figueroa, vice-artilheiro das Confederações com quatro gols. Uma lesão ligamentar no joelho, porém, impediu que o centroavante fosse convocado para o Mundial de 2006 e praticamente encerrou sua carreira com a camisa alviceleste. "Lucho", que defendia o espanhol Villarreal quando se machucou, passou (sem brilho) por times como River Plate, Boca Juniors, Genoa, Rosario Central e Emelec antes de chegar ao grego Panathinaikos, que defende atualmente
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O habilidoso Juan Román Riquelme foi o grande nome da Argentina vice-campeã das Confederações de 2005, sendo eleito o segundo melhor atleta da competição. Na Copa do ano seguinte, contudo, pouco se destacou e viu o país cair nas quartas de final diante da Alemanha
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A Seleção Brasileira não sobrou, mas confirmou as expectativas e conquistou a Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, com 100% de aproveitamento. Um ano depois , porém, a equipe de Dunga não ratificou o favoritismo e perdeu para a Holanda nas quartas de final
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Kaká, que havia acabado de ser negociado com o Real Madrid, foi eleito o craque das Confederações de 2009. O meia, porém, jogou lesionado o Mundial de 2010 e não se destacou
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Ainda em 2009, os Estados Unidos impressionaram ao eliminar dois adversários de peso: a Itália na fase de grupos e a badalada Espanha na semifinal. A equipe americana ficou pertíssimo do título ao abrir uma vantagem de 2 a 0 sobre o Brasil na decisão, mas acabou sofrendo a virada no segundo tempo. O time, porém, não foi longe na Copa de 2010: perdeu de Gana nas oitavas de final