Média de gols cai, mas oitavas batem recorde de prorrogações

Encerradas na tarde desta terça-feira, com a vitória da Bélgica sobre os Estados Unidos, as oitavas de final da Copa do Mundo diminuíram a média de gols em relação à primeira fase, mas tiveram emoção de sobra. Cinco partidas das oito disputadas foram resolvidas com prorrogação, um recorde na história do torneio - e mesmo assim quase todos os jogos tiveram emoção independentemente do favoritismo existente.

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O recorde não é tão extenso porque as oitavas de final são disputadas apenas desde 1986, quando houve uma mudança no regulamento da Copa do Mundo. Desde então, o máximo que havia ocorrido foram quatro prorrogações na Copa de 1990, na Itália. 

Em 2014, 62% dos jogos precisaram do tempo extra, sendo que dois deles foram ainda mais longe: para os pênaltis. Foi o caso do Brasil, que ficou no 1 a 1 com o Chile e venceu por 3 a 2 nas penalidades; e da Costa Rica, que também empatou por 1 a 1 com a Grécia, mas levou a melhor por 5 a 3 posteriormente – em ambos os casos, o placar permaneceu inalterado no tempo extra. Em outros três casos, a prorrogação foi suficiente, já que nos 90 minutos o placar ficou no 0 a 0.

Foram os casos da Alemanha, que fez 2 a 1 na Argélia; da Argentina, que fez 1 a 0 na Suíça, e da Bélgica, que fechou essa fase com um emocionante 2 a 1 sobre os Estados Unidos. Emoção foi uma constante da primeira série mata-mata: apenas a Colômbia teve vitória tranquila, sem sustos ou gols no fim: eliminou o abatido Uruguai pós-Suárez com vitória por 2 a 0.

Sem prorrogação, a média de gols das oitavas de final teria caído drasticamente em relação à primeira fase: de 2,8 gols por jogo para 1,3, já que, em 8 jogos, três terminaram 0 a 0 e foram anotados 11 tentos. Com os sete gols feitos no tempo extra, a média ainda cai, mas continua considerada alta: são 18 gols, o que dá índice de 2,25 por partida nas oitavas. Na Copa do Mundo em geral a média agora é de 2,7 gols por jogo.