A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) solicitou à Justiça a prorrogação da prisão temporária por cinco dias dos ativistas presos suspeitos de praticar atos violentos em protestos no Rio de Janeiro. Dezenove pessoas foram detidas no último sábado, véspera da partida final da Copa do Mundo entre Argentina e Alemanha no estádio do Maracanã.
Na terça-feira, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu habeas corpus a 13 dos 19 ativistas detidos. A decisão é do juiz Siro Darlan, da 7ª Vara Criminal. Ao todo, 26 mandados de prisão foram emitidos pela Justiça. As prisões foram resultado da Operação Firewall 2, coordenada pela DRCI.
Ainda não há confirmação oficial da lista dos ativistas liberados. Dos 13, sete obtiveram habeas corpus por meio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Seis ativistas seguem presos e noves estão foragidos.
Entre os manifestantes que permanecem detidos está a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho. Segundo a Polícia Civil, ela seria a líder do grupo, investigado por formação de quadrilha armada.
A prisão dos ativistas recebeu críticas da sociedade civil. A seccional carioca da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e o Instituto de Defesa dos Direitos Humanos repudiara a prisão com base na argumentação do possível dano futuro dos manifestantes. Entre os detidos está uma professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que, em nota oficial assinada pelo reitor, Ricardo Vieralves, também questionou as prisões.