Não é comum que a arbitragem em Copas do Mundo prejudique a Seleção brasileira, como ocorreu neste domingo (17), no empate da equipe com a Suíça (1 a 1), na Rússia. Pelo menos não foi assim nas últimas décadas. Na verdade, o que se dá, em geral, é o contrário, notadamente em estreias.
Em 2014, por exemplo, um pênalti polêmico, e convertido por Neymar, selou a vitória do Brasil por 3 a 1 sobre a Croácia, na abertura do Mundial.
Em 2002, no início da competição, o Brasil empatava com a Turquia por 1 a 1 quando outro pênalti muito contestado acabou levando a Seleção a vencer por 2 a 1, num jogo em que Rivaldo cavou a expulsão de um adversário ao cair em campo com as mãos no rosto depois de levar uma bolada na coxa.
Anos antes, em 1986, a arbtragem novamente se fez presente para beneficiar o Brasil. Foi na vitória por 1 a 0 sobre a Espanha, na rodada inicial. O placar ‘moral’ daquela partida seria o empate. Isso porque, num chute do meio-campo Francisco, a bola bateu no travessão e quicou 20 centímetros dentro do gol. Mas o árbitro australiano Christopher Bambridge ignorou o lance.
Essa boa vontade com os brasileiros não para por aí. Em seu primeiro jogo na Copa de 1982, o Brasil perdia por 1 a 0 para a União Soviética, quando o árbitro fez vista grossa para dois pênaltis claros a favor dos soviéticos. No final, veio a virada e a Seleção conseguiu sair de campo com um suado 2 a 1.
Até este domingo, só havia registro de arbitragem desfavorável para o Brasil, em estreias, no Mundial de 1978. No empate por 1 a 1 com a Suécia, o árbitro galês Clive Thomas não validou um gol de Zico no último minuto, com a alegação de que encerrara a partida quando a bola estava sendo lançada à área sueca, após cobrança de escanteio.
Na estreia no Mundial da Rússia, agora, a reclamação foi dupla – falta em Miranda no gol de empate da Suíça e um pênalti sofrido por Gabriel Jesus, não marcado.