As estratégias distintas adotadas pelas seleções de Brasil e Argentina na disputa de pênaltis dos jogos das quartas de final da Copa do Mundo do Catar, nesta sexta-feira, 9, levantaram um debate: o melhor cobrador da equipe deve bater primeiro ou fechar a série de cinco penais?
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O desfecho dos jogos sugere que a escolha do técnico Scaloni em colocar Lionel Messi para abrir a série de cobranças contra a Holanda foi a mais acertada. Afinal, o Brasil de Tite foi eliminado pela Croácia sem que Neymar, o cobrador oficial de pênaltis da seleção, tivesse a chance de bater o seu.
Mas nem sempre foi assim. O histórico de disputas das duas equipes mostram que, passado o calor do momento, não há resposta definitiva para a questão. Os argentinos já perderam taças justamente por Messi desperdiçar a primeira cobrança, e Neymar já deu um título batendo o pênalti derradeiro.
Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, o camisa 10 do Brasil foi o quinto batedor contra a Alemanha e colocou a primeira medalha de ouro da história da seleção. “O quinto e decisivo pênalti é o que fica com uma pressão maior”, tentou se justificar o técnico Tite após a eliminação para a Croácia, embora ele pudesse ter colocado ele para bater a quarta cobrança, que Marquinhos jogou na trave.
Usando uma analogia dos jogos de carta, morrer com o “ás” na mão não parece, de fato, uma decisão inteligente. Mas a própria Argentina, que hoje saboreia uma suada classificação, já teve o gosto amargo de ver Messi errando logo a primeira cobrança de pênaltis e desmoronar em seguida.
Isso aconteceu na final da Copa América Centenário, também em 2016, contra o Chile. Na edição de 2015, Messi converteu o primeiro pênalti da disputa e, mesmo assim, sua equipe foi derrotada.