Não é só pelo Brasil que os brasileiros costumam jogar na Copa do Mundo. O país do futebol já teve seus representantes mesmo sem estar defendendo a Amarelinha. E neste ano, três brasileiros estarão no Qatar para defender Portugal: o zagueiro Pepe, que vai para o seu quarto mundial pela seleção europeia e os estreantes Matheus Nunes e Otávio. Matheus inclusive rejeitou uma convocação de Tite para defender o Brasil e optou por Portugal.
Mas antes deles, Portugal já contou com um de seus maiores craques nascidos no Brasil. Mais precisamente em Indaiatuba, interior de São Paulo. Deco defendeu os portugueses nos Mundiais de 2006 e 2010. O luso-brasileiro fez cinco jogos e marcou um gol com a camisa portuguesa na Copa do Mundo. Pepe, por sua vez, tem oito jogos entre 2010 e 2018 e quer aumentar essa marca em 2022.
Em outros países, brasileiros também foram jogadores na Copa do Mundo. É o caso do volante Thiago Motta, que defendeu a Itália em três jogos na Copa realizada no próprio Brasil em 2014. Na Polônia, o zagueiro Thiago Cionek defendeu a seleção nacional na Rússia. No mesmo ano, a anfitriã teve o lateral Mário Fernandes como titular em cinco partidas, com um gol marcado.
Na Espanha, o atacante Diego Costa jogou pela seleção as Copas do Brasil e da Rússia também, atuando em sete partidas. Na última, inclusive, foram três gols marcados. Marcos Senna foi outro a defender a Espanha no Mundial de 2006. Atual atacante do Leeds, da Inglaterra, Rodrigo Moreno também esteve com a Espanha em 2018 e jogou três partidas.
Eduardo da Silva foi outro a vir ao Brasil por outra seleção. O atacante, que passou pelo Flamengo, fez uma partida pela Croácia, assim como o desconhecido meia Sammir.
Após ser o grande destaque do Stuttgart, em 2010, Cacau foi lembrado para defender a seleção alemã naquele mesmo ano, na África do Sul. Pelo México, Sinha jogou em 2006 e na Bélgica Luis Oliveira jogou em 1998.
Outros nomes menos badalados também representaram o Brasil com outras camisas. Na Tunísia, Clayton e Francileudo foram convocados em 2002 e 2006. Pelo Japão, Wagner Lopes e Alex dos Santos.
NATURALIZADOS EM TEMPOS ANTIGOS
Vale lembrar que a Itália levou a Copa do Mundo de 1934 com ajuda de um brasileiro. Filó foi o ponta direita da seleção e o primeiro brasileiro a conquistar o Mundial. Em 1962, Angelo Sormani também defendeu a seleção italiana, assim como Mazzola, que havia sido campeão com o Brasil em 1958. Naquela época, a regra para jogar naturalizado atuar era diferente.
Técnico da Costa Rica nas Copas de 2002 e 2006, Alexandre Guimarães foi jogador da seleção em 1990 e um dos maiores ídolos da história da equipe, que mais uma vez vai à Copa do Mundo. Inclusive seu filho, Celso Borges, foi convocado para jogar no Qatar, aos 34 anos, e já soma 156 partidas pela Costa Rica.
LEGIÃO BRASILEIRA PODERIA SER MAIOR
Além dos que estarão no Qatar, a legião de brasileiros poderia estar ainda mais completa se a Itália estivesse classificada para a Copa do Mundo. No plantel campeão da Eurocopa, o técnico Roberto Mancini tem o zagueiro Rafael Toloi, o lateral Emerson Palmieri e o volante Jorginho.
Eliminada na repescagem, os Emirados Árabes é outra seleção que tem brasileiro em seu plantel. Na goleada sofrida para a Argentina, o ex-atacante do Botafogo, Caio Canedo, foi titular e também esteve na eliminação na repescagem diante da Austrália.