A definição do substituo de Tite na Seleção brasileira ganha novos capítulos todos os dias. São dezenas de jogadores, treinadores, torcedores e jornalistas com seus palpites. Ao lado de algumas opiniões, bem ou não fundamentadas, há também um nítido interesse de pressionar a CBF a “fazer a escolha certa”. A questão, no entanto, é exatamente essa. Qual seria o nome mais adequado na condução do novo ciclo da equipe?
Há os que apontam, e não são poucos, Abel Ferreira, do Palmeiras, como o principal candidato. Argumentam que ele aprendeu a conhecer a manha dos jogadores brasileiros ao longo de sua passagem pelo clube paulista, coroada pela conquista de títulos muito importantes.
Tem também quem diga que só Josep Guardiola, do Manchester City, seria capaz de chacoalhar a Seleção, fortalecendo-a para a Copa de 2026 – hoje, ele seria carta fora do baralho, principalmente por causa de questões salariais.
Carlo Ancelotti e Jorge Jesus fechariam essa lista de estrangeiros com status para dirigir o time pentacampeão mundial. Ronaldo Fenômeno já avalizou publicamente a eventual opção da CBF em contratar um técnico de fora. Mas seu colega Rivaldo pegou pesado em sentido oposto, afirmando que isso seria um desrespeito aos treinadores brasileiros.
Há um movimento nacionalista que se espalha pelas redes sociais e que quer impor à CBF um técnico caseiro. Citam Dorival Jr, Cuca, Mano Menezes, Fernando Diniz. Esses quatro são profissionais gabaritados, com currículo. Mas por que a obrigatoriedade de contar com um deles na Seleção? Seguindo essa linha de raciocínio, o Fla que encantou o futebol em 2019, com Jorge Jesus, não teria feito história.
Em nota oficial, divulgada nessa segunda (12), a CBF reiterou que o futuro técnico da Seleção será uma escolha pessoal do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e que se dará em janeiro de 2023. O comunicado ressalta que o dirigente não vai se deixar levar por pressões. O enredo disso tudo, porém, já é do conhecimento público. Seja estrangeiro ou não, ganhe ou não as eliminatórias do próximo Mundial, vença ou não a Copa América de 2024, o trabalho do novo treinador só será aprovado se o Brasil conseguir o hexa em 2026.