Como Messi pode ser decisivo na final da Copa do Mundo do Catar?

Camisa 10 participou de 66.6% dos gols da Argentina aqui e chega na decisão com forte poder de desequilíbrio

14 dez 2022 - 18h07
(atualizado às 18h29)
Messi comemora a classificação da Argentina para a final da Copa do Mundo (Foto: JUAN MABROMATA / AFP)
Messi comemora a classificação da Argentina para a final da Copa do Mundo (Foto: JUAN MABROMATA / AFP)
Foto: Lance!

Após bater Marrocos na semifinal por 2 a 0, a França terá a Argentina pela frente na final da Copa do Mundo do Catar, no próximo domingo, 18. E a adversária sul-americana tem ninguém mais ninguém menos do que Lionel Messi como seu grande comandante, que já provou no torneio que pode transformar cenários e desequilibrar em favor da seleção argentina.

Líder em participações diretas a gols no Mundial, com 8 até aqui, Messi divide a artilharia do torneio com Mbappé, com 5 gols para cada. Também encabeça o ranking de assistências, com 3. Os números totais ainda chamam mais atenção: Messi participou diretamente de 66.66% dos gols da Argentina. A cada partida, a importância do craque de 35 anos no esquema de Lionel Scaloni é mais escancarada.

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O primeiro gol foi justamente na estreia contra a Arábia Saudita. De pênalti, Messi abriu o placar para os argentinos, que sofreram a virada e conheceram a única derrota no Mundial até aqui.

Na partida seguinte, Messi fez, talvez, seu gol mais importante no Catar. Contra o México, acertou um belo chute fora da área, venceu Ochoa e abriu o caminho para a vitória por 2 a 0. O tento aliviou a pressão da Argentina, que entrou lutando contra o fantasma de uma possível eliminação precoce.

Dos cinco gols até aqui, três foram originados em cobranças de pênalti, em quatro batidas que o craque teve — sem contar a disputa de pênaltis contra a Holanda. No repertório, ainda tem um gol de fora da área e um de dentro da área após uma bela tabela. Os tentos no Catar conferiram a Messi a marca de ser o maior artilheiro argentino em Copas, com 11 gols, um a mais que Gabriel Batistuta.

Além dos gols e assistências, Messi deu 15 oportunidades de finalizações a seus companheiros, liderando o quesito. Também foi quem mais finalizou em gol, 27 oportunidades, com 15 completas e o que mais driblou, com 15 dribles bem sucedidos.

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Em aproveitamento de tempo nos gramados, Messi esteve em campo em todos os jogos da Argentina e dos 6 compromissos, foi eleito o melhor em campo em 4: contra México, Austrália, Holanda e Croácia. Seja em qualquer estatística ofensiva, Messi é disparado o grande destaque da Argentina no Catar.

Na partida contra a Croácia, pela semifinal, a estrela de Messi brilhou como nunca no Catar. Dos pés dele, de pênalti, saiu o primeiro gol na partida. Depois, viu Julián Álvarez disparar em uma jogada sensacional no segundo tempo. E logo depois ele mesmo protagonizou uma sequência de dribles e deu um passe certeiro para Álvarez ir às redes no terceiro gol, selando a classificação.

No duelo ainda acertou 34/40 (85%) dos passes, 66% dos dribles e deixou todos no Estádio Lusail encantados com a mais sólida atuação da Argentina até aqui, e a apresentação mais brilhante do camisa 10 no Mundial.

Messi incorpora o espírito de Maradona

Se em 1986 Diego Maradona carregou a seleção argentina rumo ao bicampeonato mundial no México, Lionel Messi vem fazendo algo parecido no Mundial do Catar. Na campanha do bicampeonato, Maradona não foi o artilheiro. Marcou 5 gols, um a menos que Gary Liniker, da Inglaterra. Em contrapartida, foi quem mais participou de gols, com 10 participações totais.

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Maradona foi a referência inquestionável da equipe comandada por Carlos Bilardo e em solo mexicano se alçou ao patamar de "D10S" e ídolo máximo da seleção argentina.

No Catar, Messi repete o feito de Maradona, leva a Argentina até a final sendo o protagonista da campanha, referencial técnico e um dos grandes nomes do Mundial. Em caso de título, a Copa do Catar será a Copa de Messi, que completará sua extensa galeria de títulos com o tão sonhado troféu.

No próximo domingo, Messi entrará em campo contra a França em sua última apresentação em Mundiais, com a responsabilidade de encerrar o jejum da Argentina de 36 anos sem vencer uma Copa do Mundo e colocar em sua galeria de troféus a taça mais cobiçada de sua carreira.

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