Às vésperas da Copa do Mundo, Uma questão assustadora vem sendo abordada constantemente em todo o planeta: o número de trabalhadores mortos nas obras para o Mundial. A questão foi levantada pela primeira vez pelo diário britânico "The Guardian", em 2021. Segundo a publicação, cerca de 6.500 trabalhadores imigrantes morreram no país. Porém, os números não são bem assim.
O próprio "The Guardian" afirmou depois que seus dados foram fornecidos pelas autoridades de cinco países do Sudeste Asiático. E, mesmo assim, eles divulgaram que as certidões de óbitos não se baseiam em locais de trabalho ou profissão, o que tornam os números totalmente contraditório, até mesmo para efeito de estatísticas.
Juntamente com isso, chegou-se a falar de mais de 15 mil mortes de imigrantes trabalhando nas obras para o Mundial de 2022, em dados estatísticos da Anistia Ampla Internacional. Entretanto, os números da Anistia são relativos ao somatório de mortes de imigrantes no país entre 2010 e 2019. Com isso, o número total atualizado destes dados é de 15.021 mortes na década.
Os números recebidos pelo "The Guardian" são estatísticas oficiais dos governos do Bangladesh, Índia, Nepal, Paquistão e Sri Lanka. Os imigrantes desses países são a grande maioria no Qatar e trabalham como mão de obra barata. Mesmo assim, não é possível apontar que esses números estão ligados às obras da Copa do Mundo.
O que se sabe é que, pelo Qatar estar violando diversos direitos humanos na realização desta Copa do Mundo, chegou-se à conclusão que muitos trabalhadores morreram por trabalhar em condições insalubres.
De qualquer maneira, a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW) pediram que a FIFA crie fundos de indenização para os trabalhadores migrantes devido aos acidentes que realmente aconteceram durante todo o processo de obras para a Copa do Mundo. Porém, os números oficiais de mortes e feridos não foram divulgados.
Realmente é impossível se ter ideia, sem dados oficiais, de quantas mortes aconteceram nos locais de trabalho, assim como a quantidade de trabalhadores que estiveram nesse processo. De certo, é que essa Copa do Mundo ainda nem começou, mas os problemas seguem cada vez mais fortes.