O noticiário mundial está fervoroso com a possibilidade de Karim Benzema retornar à seleção da França após estar 100% recuperado da lesão na coxa que o tirou da disputa da Copa do Mundo no Catar. O atacante do Real Madrid, que, inclusive, atuou hoje no amistoso diante do Leganés, segue na lista de
convocados e estar em campo na final contra a Argentina, no domingo, depende apenas dele e da federação francesa.
Para mim, toda a repercussão sobre tê-lo na finalíssima pode ajudar exatamente assim: fazendo barulho e confundindo o técnico Lionel Scaloni e sua comissão, como um possível efeito surpresa. Apenas. No máximo, levá-lo ao banco de reservas para que apoie os companheiros, com quem tem mantido contato ao longo da competição.
Não acredito que o técnico Didier Deschamps, que já se recusou a responder a respeito do tema em coletiva, vá optar pela entrada do francês, uma vez que possui uma equipe super entrosada e jogando o fino da bola. Menção especial justamente ao ataque europeu, que está voando com Mbappé e Giroud. Trazer o melhor do jogador do mundo em 2022, a essa altura do campeonato, seria uma divisão de protagonismo desnecessária.
Dizer que Benzema é decisivo é chover no molhado. Mas, neste momento, diante de todas as circunstâncias, o melhor que ele pode fazer é se manter na torcida pelo seu país na Espanha. Se o camisa 9 ao menos tivesse feito o tratamento no Catar, seria uma coisa, ele já estaria lá, respirando a atmosfera. Agora, viajar para estar entre os titulares na finalíssima, voltando ao ritmo de jogo, é algo que simplesmente não precisa.
Poderia ter resumido minha coluna de hoje em uma máxima do futebol: em time que está ganhando, não se mexe - ainda mais em uma final de Copa do Mundo, contra a Argentina de Lionel Messi.