A coluna que escrevi na segunda-feira aqui no Terra, contando um pouco sobre as narrativas que restaram na Copa do Mundo do Catar, trouxe à tona um outro debate - que tive com colegas e acho interessante compartilhar: embora NADA se compare com o troféu de campeão, Lionel Messi vai se despedir da sua seleção tendo quebrado alguns recordes significativos. E isso se repete em outros países que ainda disputam o Mundial.
O camisa 10 da Argentina ostenta três marcas importantes: aos 35 anos, se tornou o jogador mais novo a disputar cinco Copas do Mundo na história, ultrapassando Buffon, da Itália; argentino que mais vezes disputou a competição, superando o ídolo supremo Diego Maradona e Mascherano; e, com 10 tentos marcados, igualou Batistuta como o maior artilheiro de todos os tempos do país. Sozinho, Messi é o único atleta do time atual a mudar estatísticas históricas.
Mas, além do nosso compatriota, a França também mostrou a importância de seus atacantes: teve
desbancando Thierry Henry como o maior artilheiro da seleção, com 53 gols a 51, e Mbappe superando ninguém mais, ninguém menos, que Pelé como o jogador que mais vezes meteu bola na rede antes dos 24 anos - nove x sete. Embora seja algo que "nos tire" feitos grandiosos, faz parte do futebol e fico feliz por poder presenciar essas narrativas sendo escritas.
Além disso, não preciso nem mencionar o tamanho do que fez Marrocos, sendo a primeira seleção africana a chegar na semifinal de uma Copa. Talvez essa seja a conquista mais "simples" e memorável desta edição. Do lado da Croácia, destaco: é deste time que vem os sete jogadores com mais minutos jogados no torneio. Muita resistência e fôlego para seguir na tentativa de entrar na história de forma definitiva.
Claro que do nosso lado também vimos alguns recordes serem quebrados. São os casos, por exemplo, de Neymar colocando igualdade junto a Pelé ao chegar aos 77 gols pelo país; Dani Alves se tornando o nome mais experiente do Brasil na disputa do campeonato, ultrapassando o companheiro Thiago Silva; e também o próprio zagueiro superando Cafu e Dunga como o jogador que mais vezes foi capitão pelo país em Copas.
Agora, eu sei, todas essas marcas podem não saltar aos olhos com tanto entusiasmo. Mas, repito: estamos presenciando uma página importante das Copas do Mundo ser escrita e espero lembrar com detalhes de tudo o que o Mundial do Catar derrubou e fez acontecer.