Ufa! Não tinha outra forma de começar a coluna de hoje. Esperávamos que o confronto entre Brasil x Sérvia fosse difícil, as zebras já estão rolando na Copa do Mundo, como a gente bem sabe, mas aqui é oooutra história! Com vitória por 2 a 0 diante dos europeus, a seleção brasileira larga na liderança do grupo G e espanta temor de tropeço na estreia.
Tite mandou a campo uma escalação que já se confirmava e, também, que a torcida pedia: um Brasil para frente. Com Fred no banco, Vini Junior assumiu a ponta esquerda, deixando Paquetá encarregado da posição de segundo volante. O primeiro tempo foi proposto pelos brasileiros, mais uma vez com um sistema defensivo muito sólido.
Impressiona, vale dizer, a rapidez com que a equipe canarinha rouba a bola do seu adversário, o que mantém os brasileiros com a posse. As principais chances na etapa inicial foram duas: uma com Raphinha, na ponta direita, e outra com Vini Jr, na esquerda. Em momentos de desatenção da Sérvia, duas bolas rebatidas quase tiraram da garganta dos brasileiros o tão esperado grito de gol. Mas nada além disso.
No segundo tempo, Tite manteve a confiança em sua escalação ofensiva e a equipe voltou um pouco mais ligada, apesar de, na partida, quase nada mudar. Até Richarlison aparecer. O lance do primeiro gol do atacante do Tottenham me chamou atenção por um motivo em específico: Neymar estava com a posse, tentou a infiltração, driblou, mas deixou a bola escapar. Vini Jr, enxergando a oportunidade, bateu de primeira, parando em Vanja Milinkovic-Savic. No rebote, o "pombo" estava lá para marcar. Um sinal claro da não ‘Neymar dependência' bastante repercutida.
Com o Brasil abrindo o placar, a Sérvia tentou sair mais para o jogo, algo que, na teoria, abriria mais espaço para o ataque brasileiro. Os comandados de Tite mantiveram a marcação alta e a defesa bem postada - para mim, ponto de grande destaque nesse duelo. O segundo gol foi questão de tempo. Pombo de novo! Dessa vez um golaço, voleio digno de Ronaldo, Careca, Tostão…e Richarlison! Nosso centroavante mostrou que hoje temos, sim, um camisa 9 - desde Ronaldo em 2002, nenhum outro havia marcado na estreia do Mundial. Brasil 2 a 0, torcida tranquila. E Tite também, que a partir disso poupou - e testou - outras opções.
O atacante Neymar, caçadíssimo em campo, deixou o gramado aos 34 minutos do segundo tempo com dores no tornozelo direito. Ainda não se sabe a gravidade da lesão, mas o camisa 10 iniciou os tratamentos imediatamente. O próximo desafio da nossa seleção é diante da Suíça, na próxima segunda-feira, em busca da classificação rumo ao Hexa!
Muito ansiosa pelos próximos capítulos.