Por que Blatter disse que a Copa do Mundo no Qatar foi um erro?

Ex-presidente da Fifa assumiu o equívoco feito em 2010 e protestos cercam o Mundial dias antes de seu início, no próximo dia 20

16 nov 2022 - 16h29

A Copa do Mundo no Qatar promete ser uma das melhores estrutural e tecnicamente, mas também deve ser um Mundial cheio de protestos por todos os lados. O país é alvo de críticas por conta das violações aos direitos humanos como proibição à homossexualidade e supostas mortes de trabalhadores omigrantes. Por essas e outras, o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter assumiu o erro na escolha.

Joseph Blatter assumiu o erro na escolha do Qatar para a Copa (Foto: Nelson Almeida/AFP)
Joseph Blatter assumiu o erro na escolha do Qatar para a Copa (Foto: Nelson Almeida/AFP)
Foto: Lance!

- A escolha do Qatar foi um erro. Eu era o responsável por isso, como presidente da Fifa. Na época, nós concordamos com o Comitê Executivo que a Rússia deveria receber a Copa de 2018 e os Estados Unidos a de 2022. Seria um gesto de paz entre esses países oponentes politicamente - declarou Blatter.

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A escolha do Qatar como país-sede foi feita em 2010, quando Blatter era o presidente da Fifa. O ex-presidente acredita que o país asiático é 'pequeno demais' para sediar um evento do tamanho da Copa do Mundo.

- É um país pequeno demais. O futebol e o Mundial são grandes demais para isso. Para mim é claro: o Qatar foi um erro. Foi uma escolha ruim - disse.

PROTESTOS PELO MUNDO

Políticos, jornais, prefeituras e atletas em alguns lugares da Europa também promovem boicote ao Mundial devido a violação dos direitos humanos. Na França, diversas cidades cancelaram as chamadas Fan Fest para os torcedores acompanharem o Mundial e os jogos da seleção nacional. A Suíça e Bélgica também já seguiram o mesmo caminho. A seleção da Dinamarca, por exemplo, comunicou que pela primeira vez os familiares dos jogadores não irão ao Qatar acompanhar a seleção do país.

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Na Alemanha, torcedores do Schalke 04 exibiram faixas com a mensagem em inglês "#BoycottQatar2022". Antes das torcidas do Borussia Dortmund, Monchengladbach e Leipzig também se manifestaram contra.

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