Repórter brasileira denuncia assédio vivido no Catar: 'Perguntaram se sou atriz pornô'

Trabalhando no país para cobrir a Copa do Mundo, ela denunciou o ocorrido pelas redes sociais e contou ter vivido mais situações de assédio

2 dez 2022 - 18h15
(atualizado às 18h15)
Isabelle Costa
Isabelle Costa
Foto: Reprodução/Instagram

A jornalista brasileira Isabelle Costa relatou que vem vivido situações de assédio sexual durante a cobertura da Copa do Mundo no Catar. Em vídeo postado nesta sexta-feira, 2, a profissional desabafou que, dessa vez, foi seguida e gravada por homens, que a perguntaram se ela era "atriz pornô". 

"ESTOU CANSADA DISSO! Já não é a primeira vez, mas dessa passou dos limites! Estava a caminho do estádio Lusail, pro jogo do Brasil de logo mais, quando na estação do metrô percebo dois homens me seguindo, me gravando e pra completar me abordam perguntando se eu sou uma atriz pornô", relatou a jornalista.  

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"Isso é muito cansativo. Constrangimento e falta de respeito total. Estou farta!", completou a brasileira, que está in loco no país para cobrir o Mundial. Segundo ela, os dois homens que a assediaram saíram correndo quando a jornalista começou a gravar.

Veja publicação abaixo: 

O Catar, sede do Mundial, localiza-se na península arábica na Ásia Continental, no Oriente Médio. Trata-se de um emirado absolutista e hereditário comandado pela Casa de Thani desde meados do século 19 . As posições mais importantes no país são ocupadas por membros ou grupos próximos da família al-Thani. A Freedom House considera o país "não livre" e a Anistia Internacional indica várias violações de direitos humanos.

Desde 2010, quando foi anunciado oficialmente que o Catar sediaria a Copa de 2022, a situação dos direitos humanos no país, principalmente em relação à comunidade LGBTI+, mulheres, imigrantes e jornalistas, gerou preocupação e uma série de críticas.

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Com relação às mulheres, o país segue um código de vestimenta rígido baseado na tradição islâmica. A regra é que elas cubram do pescoço aos calcanhares. Além disso, o Catar tem uma lei que processa por adultério vítimas de violência sexual, com pena de 100 chibatadas e 7 anos de cárcere. No país, a mulher só pode estudar, trabalhar e viajar se tiver autorização formal do pai, marido ou do empregador. 

Fonte: Redação Terra
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