Repórter usa faixa de apoio à causa LGBTQIA+ proibida pela Fifa, em transmissão no Catar

Seleções europeias desistiram de usar braçadeira após ameaças de punição em campo

21 nov 2022 - 11h12
(atualizado às 11h21)
Repórter usa faixa "One Love" em transmissão da Copa do Mundo no Catar
Repórter usa faixa "One Love" em transmissão da Copa do Mundo no Catar
Foto: Reprodução/Twitter

Harry Kane, da Inglaterra, não entrou em campo com a braçadeira 'One Love', em apoio à causa LGBTQIA+, no jogo contra o Irã desta segunda-feira, 21, mas o protesto não ficou de fora desta partida da Copa do Mundo. A repórter Alex Scott entrou em transmissão ao vivo com a faixa no braço.

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Alex Scott é comentarista e ex-jogadora da seleção da Inglaterra de futebol feminino. Ela apareceu utilizando a faixa nas cores do arco-íris durante a transmissão do pré-jogo, em transmissão da BBC Sport, direto do estádio no Catar.

O país proíbe relações homossexuais, que são encaradas como crime cuja punição pode chegar à pena de morte. Manifestações pela causa LGBTQIA+ também são proibidas. Por causa de posicionamentos preconceituosos do tipo, a escolha do país como sede da Copa do Mundo segue alvo de críticas internacionais, por desrespeito aos direitos humanos e às liberdades individuais.

Nas redes sociais, internautas celebram ato político da repórter:

Entenda o caso 

As federações da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Inglaterra, País de Gales e Suíça assinaram um documento se comprometendo a utilizar a braçadeira em apoio à causa LGBTQIA+ no Mundial. A França, a outra seleção europeia na Copa, também havia indicado que participaria do protesto. 

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Mas as seleções europeias voltaram atrás sobre o uso das braçadeiras após a Fifa ameaçar punir os capitães com cartão amarelo. O comunicado, assinado por sete equipes da Copa do Mundo, mostra indignação com a decisão imposta pela entidade como forma de punição e deixa claro que serão usados outros métodos em tentativas de defender a causa.

"A Fifa tem deixado muito claro que imporá sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras no campo de jogo. Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição em que possam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões amarelos, por isso pedimos aos capitães que não tentem usar as braçadeiras nos jogos da Copa do Mundo", afirmaram as seleções, em comunicado.

As seleções europeias voltaram atrás sobre o uso das braçadeiras em apoio à comunidade LGBT+, nas cores do arco-íris. A decisão foi tomada após a Fifa ameaçar punir os capitães com cartão amarelo. O comunicado, assinado por sete equipes da Copa do Mundo, mostra indignação com a decisão imposta pela entidade
Foto: Reprodução/Twitter / Estadão

As federações já haviam declarado que assumiriam as eventuais multas aplicadas pela Fifa. No entanto, a situação mudou quando a entidade passou a ameaçar punições esportivas, dentro de campo.

"Estamos muito frustrados com a decisão da Fifa, que acreditamos ser sem precedentes - escrevemos à Fifa em setembro informando sobre nosso desejo de usar a braçadeira 'One Love' para apoiar ativamente a inclusão no futebol, e não tivemos resposta. Nossos jogadores e treinadores estão desapontados - eles são fortes defensores da inclusão e mostrarão apoio de outras maneiras", completa o comunicado.

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A seleção inglesa seria a primeira a utilizar a braçadeira, no braço de Harry Kane. Sem deixar o posicionamento político de lado, o capitão do time utilizou uma faixa da campanha 'Sem Discriminação', da Fifa, na partida contra o Irã.

Harry Kane, capitão da seleção da Inglaterra
Foto: Marko Djurica / Reuters

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*Com informações de Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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