Se no mundo ocidental já não existe mais o papo de cor de menino e de menina, a situação é bem diferente no Catar, país que recebe a Copa do Mundo a partir deste domingo, 20. Pela cultura local, homens vestem branco e mulheres vestem preto.
O público masculino pode utilizar roupas comuns como a que estamos habituados, mas a grande maioria circula pelas ruas de Doha com o dishdasha, uma espécie de túnica que cobre o corpo todo. A peça é escolhida por não marcar nada e utilizada como um sinal de modéstia. Feita sob medida, o valor varia entre 150 a 250 ryals (aproximadamente R$ 225 a R$ 375) e pode chegar até mil ryals (cerca de R$ 1,5 mil).
Na grande maioria das vezes, a vestimenta é branca, pois ajuda a regular a temperatura. Neste momento, é outono no Catar, mas a temperatura média é em torno dos 30°C. Por baixo das túnicas, os homens utilizam o cirwal, uma calça larga que ajuda na mobilidade e protege a região íntima.
Para completar o look, lenços na cabeça, chamados de ghutras. Na cor branca, indica pureza; a combinação branca e vermelha é sinal de patriotistmo; já branca e preta é sinal de liberdade. Esses lenços são presos pelo agual, corda preta feita com lã de camelo ou de ovelha.
Já as mulheres utilizam a abaya, um vestido comprido de manga longa, geralmente na cor preta. A reportagem do Terra encontrou mulheres prestando serviços em diferentes áreas. Apesar do respectivo uniforme, todas utilizavam o abaya por baixo, além do hijab, aquele lenço preto na cabeça, que esconde todo o cabelo e deixa apenas o rosto de fora.
Por baixo, as mulheres podem utilizar roupas do padrão ocidental. Em ambientes só para o público feminino, elas são autorizadas a aparecer sem o abaya.
Apesar da permissão para a utilização em outra cor, a preta é a mais utilizada pelas mulheres, pois não ressalta nenhuma curva e é discreta.