O técnico do Paraguai, Ramón Díaz, brincou antes do duelo com a Argentina que marcará a estreia dos dois times na Copa América no sábado: "se não vão usar o Tevez, podiam emprestá-lo para nós". A declaração foi tomada como uma brincadeira pelo elenco, mas os atacantes Nelson Haedo Valdez e Osvaldo Martínez deixaram bem claro nesta quinta-feira que não estão gostando do modo como os paraguaios estão sendo tratados antes do jogo.
"Creio que é uma falta de respeito", disse Martínez sobre a análise de que o Paraguai não tem chances na estreia. "Diminuem o Paraguai, mas sabemos que também tivemos momentos bons, que todos lembramos. Estamos em uma crise nos últimos anos, mas não deixamos de ser uma seleção difícil. Essa Copa América será um bom parâmetro".
Já Valdez resolveu não polemizar em cima da "sondagem" de Díaz a Tevez – que deve realmente começar no banco da Argentina na estreia. "Encaro como qualquer outra declaração do professor. Sabemos do jeito dele. Trato de focar no nosso time, no que temos de melhor aqui", disse o atacante do Eintracht Frankfurt.
Ao contrário do companheiro, Martínez deixou transparecer uma certa irritação ao ser perguntado novamente sobre o favoritismo da Argentina. "Todos sabemos quem são os favoritos. Argentina, Brasil, Uruguai, é o que todos dizem. Mas estamos saindo de uma crise, em um processo novo, com motivação. A Argentina sofre quando é atacada", avisou.
Em péssima fase recente, resta ao Paraguai torcer por um dia iluminado na estreia em La Serena. "É até melhor começar contra a Argentina. Tomamos uma ducha fria para acordar, ou então surpreendemos e crescemos na competição. Vamos fazer a melhor Copa América possível, e Deus queira que estejamos aqui ainda no dia 4 de julho", disse um otimista Valdez, citando o dia da grande final em Santiago.
Além de Argentina e Paraguai, completam o Grupo B as seleções de Uruguai e Jamaica.
