Otimistas, jogadores e Dunga falaram tão mal quanto atuaram

Durante toda Copa América, mesmo com atuações irregulares da Seleção Brasileira, jogadores e o técnico Dunga mostraram um discurso otimista demais, dizendo que estava tudo sob controle. No sábado, mesmo após a grande decepção contra o Paraguai, eles mantiveram esse papo, afirmando que o Brasil jogou bem e perdeu por detalhes.

Jogadores e Dunga sustentam seus argumentos em três princípios: afirmam que a Copa América é difícil demais, que dominaram o Paraguai no primeiro tempo e que os desfalques na Seleção Brasileira atrapalharam a campanha - Diego Alves, Danilo, Marcelo, Luiz Gustavo, Oscar e Neymar estariam no grupo da Seleção normalmente, mas não puderam participar por diferentes problemas.

Dunga chegou a dizer que a Copa América foi ótima para o Brasil, por dar experiência aos jogadores, e que não pretende fazer muitas mudanças na Seleção a partir de agora: "a gente vai continuar com o trabalho, com nossa forma de pensar, com o que a gente tinha programado".

Mas o que mais chamou atenção foi o discurso de que o Brasil jogou bem contra o Paraguai: "a gente precisa sair de cabeça erguida. Fizemos o que era possível, principalmente nessa partida. Consegui fazer uma boa partida, mas infelizmente aconteceu uma derrota", afirmou o goleiro Jefferson, que não jogou tão bem assim, em entrevista ao Sportv.

O zagueiro e capitão Miranda teve um discurso parecido: "a gente fez um jogo sólido. Infelizmente em uma jogada aérea, um pênalti, sofremos o gol. Nas cobranças de pênalti fomos infelizes. Mas é levantar a cabeça e pensar nas Eliminatórias", pediu ele, também em entrevista ao Sportv.

Já Robinho e Filipe Luis até reclamaram de injustiça no jogo. O atacante até menosprezou o adversário que saiu vitorioso: "a gente teve oportunidade de matar o jogo. A seleção paraguaia, com todo o respeito, não é das melhores. Tivemos oportunidade de matar, não matamos. Bobeira nossa. Infelizmente, perdemos".

O lateral também reclamou: "eu acho que merecíamos essa vitória. O Paraguai veio fazer esse tipo de jogo, um jogo com muitas faltas, tentando parar o nosso ataque de qualquer maneira e aproveitar a bola parada. Eles são poderosos na bola parada", afirmou, finalmente reconhecendo algum mérito do adversário. Mas depois emendou com o argumento sobre a dificuldade da Copa América: "foi muito equilibrada, é difícil ganhar jogos. Serve para aprender".