Já faz quase um ano que a bola de Maurício Pinilla explodiu no travessão de Julio Cesar e por muito pouco não eliminou o Brasil da Copa do Mundo nas oitavas de final. Essa bola no travessão continua ecoando no Chile, mesmo que o adversário das quartas-de-final da Copa América seja o Uruguai.
“Esse assusto está superado. Sempre vão falar em revanche, mas o presente é o que conta. Se eu jogar um minuto ou 50, vou jogar sempre a 100% e quero aproveitar cada minuto. A revanche agora é pessoal por saber que posso dar mais pelo time”, disse Pinilla, que deve ser titular para poder brigar pelo alto com os zagueiros uruguaios Coates e Godín.
O técnico argentino Jorge Sampaoli é outro que tenta evitar tocar no tema da bola no travessão contra o Brasil. “A bola poderia ter pego no travessão e entrado, mas saiu. Isso é uma lembrança e sempre está a desilusão. Mas é o imponderável e isso acontece no futebol a cada jogo”, lembrou.
A história desafia o Chile contra o Uruguai. Há quase 30 anos sem ganhar do adversário na Copa América e somado o fato de o time celeste ter sido algoz das seleções anfitriãs nas duas últimas edições da competição (Venezuela e Argentina). “Não falamos internamente da história, mas que o Chile tem um bom presente. Falamos da motivação e da vontade de afrontar o jogo. A história não passa pela nossa cabeça”, declarou Pinilla.
Não sai da cabeça dos jogadores chilenos o fato de ser uma oportunidade única de fazer história dentro de casa: ”É um jogo de vida ou morte. Mas isso não significa dar pontapés e brigar em campo. Vamos jogar como sabemos, criar ocasiões, ter posse de bola”, afirmou o atacante, que já planeja ser campeão e tatuar o logo da Copa América na perna.