Na Copa América do Chile em 1991, um foto ficou marcada. Eram outros tempos e o Jornal do Brasil levou o então lateral esquerdo Lira, do Fluminense, a um parquinho e fez uma foto dele em uma gangorra. Com Branco no auge da forma e sem chances com Paulo Roberto Falcão no time titular, Lira se limitava a treinar e, como brincava a reportagem, a passar o tempo.
Por que essa introdução? Para dizer que no Chile um lateral, só que direito, passa uma situação parecida. Fabinho joga no Monaco da França, tem idade olímpica e foi convocado para ser o reserva de Danilo. O titular foi cortado no último amistoso antes da viagem ao Chile e Daniel Alves foi convocado. Chegou, pegou a vaga e não largou mais.
No jogo contra a Venezuela, Dunga mexeu no time. Deslocou Dani Alves para o meio-campo e quem foi parar na lateral? Marquinhos, do Paris Saint-Germain, que também tem idade olímpica e foi convocado como zagueiro, e não lateral. Uma situação parecida com a de Fabinho passa Géferson, do Internacional.
Ainda mais quando se olha para Fred, também com idade olímpica, que chegou na última hora e ganhou a vaga de titular com a lesão de Philippe Coutinho antes do primeiro jogo. Mas a experiência com Fred não foi tão bem sucedida e o jogador já foi barrado.
Mas não é motivo para desânimo. Os jogadores com idade olímpica vieram ao Chile para aprender. Nem sempre é possível que joguem todos. O importante é ganhar experiência de participar de uma competição internacional. Ainda há um bom caminho a ser percorrido até o Rio 2016. Caminho que nem sempre é fácil.