A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), representada pelos médicos Rodrigo Lasmar, André Pedrinelli e Luiz Antonio Barcellos Crescente, emitiu comunicado nesta sexta-feira se posicionando à respeito da polêmica envolvendo o volante Fred. O jogador foi pego no exame antidoping durante a Copa América, mas a entidade brasileira garantiu que não receitou a substância proibida ao atleta.
Só que, minutos depois, o jogador também contestou o resultado positivo, dizendo não ter tomado nenhum medicamente não receitado. A pergunta que fica é: então como a substância foi parar em seu sangue? “Nunca fiz uso de qualquer substância ilícita. Confio na minha inocência e provarei isso perante os órgãos competentes. Tenho uma trajetória limpa no futebol e conto com o apoio de todos”, disse Fred em comunicado .
Já a CBF informou que, dois meses antes da Copa América, a organização do torneio exigiu uma lista completa de todos os medicamentos que seriam levados pela Seleção Brasileira para o Chile. “O pedido foi prontamente atendido, e a lista, encaminhada, no dia 02 de abril de 2015”, afirmou a entidade.
Daí para frente, de acordo com a CBF, qualquer substância deflagrada nos atletas via antidoping não tem nenhuma relação com a entidade. O exame identificou a presença de hidroclorotiazida no organismo de Fred, e esta substância não fazia parte da lista previamente enviada pela confederação à Conmebol.
“Portanto, não tínhamos esse medicamento à nossa disposição e o mesmo não foi ministrado pelo corpo médico da Seleção Brasileira de Futebol”, explicou a CBF, negando, assim, responsabilidade na polêmica.
Isto, contudo, não impediu a entidade de se colocar à disposição dos órgãos competentes para ajudar na investigação. E, também, de prestar solidariedade a Fred, que foi convocado por Dunga à Copa América depois do corte do lesionado Luiz Gustavo.
Veja a nota da CBF na íntegra:
Em relação ao resultado do exame para controle de doping do atleta Frederico Rodrigues Santos, Fred, o departamento médico da Seleção Brasileira de Futebol, esclarece que:
1. Cerca de dois meses antes do início da Copa América do Chile 2015, a organização do evento exigiu uma lista completa de todos os medicamentos, assim como a quantidade que seria levada pela Seleção Brasileira para a competição. O pedido foi, prontamente, atendido e a lista encaminhada, no dia 02 de abril de 2015;
2. Segundo informe da Conmebol, o exame para controle de doping realizado no atleta em questão identificou a presença da substância hidroclorotiazida, que não faz parte da lista enviada, tampouco da relação de medicamentos padronizados pela CBF. Portanto, não tínhamos esse medicamento a nossa disposição e o mesmo não foi ministrado pelo corpo médico da Seleção Brasileira de Futebol;
3. O departamento médico coloca à disposição dos órgãos competentes o prontuário do atleta e todos os demais documentos, caso necessário;
4. Para finalizar, ressaltamos que estamos solidários ao atleta e que, a partir de então, seus assessores e advogados, caso entendam, poderão passar mais esclarecimentos.
Atenciosamente,
Dr. Rodrigo Lasmar
Médico da Seleção Brasileira de Futebol
Dr. André Pedrinelli
Médico da Seleção Brasileira de Futebol
Dr. Luiz Antonio Barcellos Crescente
Médico da Seleção Brasileira de Futebol