A relação de Paolo Guerrero com o Corinthians começou antes mesmo da inauguração da Arena de Itaquera em 2014. De sua saída conturbada do clube paulista no ano seguinte até o duelo deste sábado Brasil x Peru, pela Copa América, se passaram quatro anos. Mas o peruano continua sendo mal recebido no estádio.
Com grande público corintiano na Arena - era a camisa de clube mais presente nas arquibancadas -, Guerrero foi hostilizado o tempo todo pela torcida brasileira. Foram vaias e xingamentos desde o anúncio de seu nome no telão antes do jogo até a sua saída de campo, aos 10 minutos do segundo tempo, quando foi substituído por Christofer Gonzáles.
Guerrero teve uma atuação apagadíssima, assim como toda a equipe peruana. Sua melhor chance foi numa cobrança de falta aos 26 minutos do primeiro tempo. O peruano mirou no ângulo direito do goleiro Alison, mas a bola subiu demais e foi parar nas arquibancadas, para delírio da torcida brasileira.
Depois da tentativa fracassada, Guerrero chutou o chão e levantou a grama da Arena Corinthians. Ali, o jogo estava 2 a 0 e Guerrero já dava sinais de frustração com sua atuação.
E os brasileiros não hesitavam em tentar desestabilizá-lo ainda mais. A estratégia costuma funcionar.
Nos três jogos que fez contra o Corinthians na Arena, todos pelo Flamengo, ele se irritou mais do que jogou e passou em branco. Foram duas derrotas, por 1 a 0 (em 2015) e 4 a 0 (em 2016) e um empate em 1 a 1 (em 2017).
Em contrapartida, jogando pelo Corinthians em Itaquera, ele teve ótimos números. Em 25 jogos, foram 15 gols, que ajudaram a construir 18 vitórias pelo clube na Arena. Com cinco empates e apenas duas derrotas, Guerrero contribuiu para um aproveitamento de 78% do time em casa com sua presença.