Soberba é um dos sete pecados capitais, que denota altivez, superiodade, orgulho. Zagueiros titulares da Copa de 2014, Thiago Silva e David Luiz ganharam uma segunda chance na Seleção com Dunga mas parece que não aprenderam. Insistem no discurso pobre de não admitirem seus erros e tentarem encontrar em quem pergunta a culpa por seus fracassos. Considerada a dupla de zaga mais cara do mundo, pelo valor pago pelo Paris Saint-German por suas contratações, dois voltaram a fracassar na Seleção.
A mão na bola dentro da área não é novidade para Thiago Silva. Mas o zagueiro alega não ter visto sua mão na bola. Antes da disputa de pênaltis Robinho e Douglas Costa dizem ao jogador a besteira que ele fez no lance. E ele repete algumas vezes que não tinha feito nada. Nada. Aos jornalistas após o jogo, o mesmo discurso, de que não lembrava de nada.
A amnésia do zagueiro talvez se explique pela ausência da braçadeira de capitão, que nem a ausência de Neymar permitiu que ele voltasse a usá-la. Thiago começou a Copa América como reserva de Miranda e David Luiz. Sem Neymar a braçadeira foi parar no braço de Miranda, que não foi à Copa, em um claro sinal de Dunga de que não tinha gostado da arrogância do zagueiro durante o mundial. Não deve ter gostado também daquele choro destemperado diante do Chile antes da cobrança de pênaltis.
David Luiz, e seu inesquecível choro após o vexame dos 7 a 1 diante da Alemanha no Mineirão, foi outro que deixou a soberba tomar conta de seu discurso. Após o erro grotesco aos 2 minutos de jogo diante do Peru, não admitiu até esta data seu erro. Tanto errou que perdeu a vaga de titular e só voltou para fazer a função de volante diante da Venezuela. Outro rotundo fracasso. Dunga não disse nada, mas o ex-capitão da Seleção sabe bem que é melhor dizer a verdade quando se erra. Mas David Luiz ainda não sabe e prefere nem ser questionado por isso. Prefere guardar “com o carinho” o nome de quem perguntou.
O estilo de Miranda pode marcar o futuro da zaga da Seleção Brasileira. Liderança discreta aos olhos do público, mas direta dentro de campo em jogos e treinos. E para as eliminatórias, onde a verdadeira Seleção Brasileira precisa reaparecer, não deve mais ter uma terceira chance para dupla de zagueiros que apareceu para entrar na história e que o torcedor, hoje, quer esquecer.