Sem Neymar, mas com Robinho! Atacante vai bem e dá esperança

Experiência do santista pode ser fundamental para Seleção se virar sem o seu maior craque daqui para frente na Copa América

22 jun 2015 - 07h49
(atualizado às 08h49)

Depois do jogo contra a Colômbia, Dunga fez uma constatação: sua equipe é muito jovem. Talvez por isso, e pelo fato de não poder contar com Neymar na partida decisiva contra a Venezuela, é que o técnico decidiu lançar mão de Robinho. Experiência para dar velocidade ao time nas horas decisivas, segurar a bola, ser o homem com quem o técnico pode conversar durante o jogo... Mais do que isso: Robinho é o craque que tem moral para dar bronca quando necessário e, como diriam os antigos, ser aquele que põe a bola debaixo do braço na hora do aperto. E isto ele fez bem - o que dá esperança para a Seleção Brasileira se virar bem sem Neymar, que vai deixar o Chile nesta segunda-feira.

Não houve aperto neste domingo. O gol saiu rápido, deu tranquilidade ao time, mas o papel de Robinho não deixou de ser importante. Ele estava a fim de jogo. Arrematou um passe de Dani Alves de primeira, sem medo de errar. E por pouco não acertou o ângulo do goleiro venezuelano. Após o Brasil fazer o segundo gol, em jogada que contou com uma bela virada de jogo do camisa 20 para Willian, o estádio ficou sonolento com a partida... E foi uma arrancada de Robinho que acordou os torcedores.

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Dunga coloca "paredão" de zagueiros e Brasil bate Venezuela
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Com a experiência do atacante santista, veio à tona também a experiência de Daniel Alves, que fez no domingo uma partida exemplar: sem firular, sério, seguro. Por grande parte do jogo, o lateral apareceu melhor no ataque que os meio-campistas Fernandinho e Elias, dupla que abusou da burocracia e passes para o lado. Tanto que Dunga fez o camisa 2 acabar o jogo no meio. Será um recado para seus volantes?

Robinho substituiu Neymar no ataque do Brasil e foi bem
Robinho substituiu Neymar no ataque do Brasil e foi bem
Foto: Leo Correa/Mowa Press / Divulgação

Curioso lembrar que na Copa América de 2007, depois de uma vitória magra diante do Equador na última rodada da fase de classificação, Dunga teve que responder a perguntas sobre o excesso de dependência do time em relação a Robinho e sobre a ausência de Daniel Alves, que, suspenso, não enfrentaria o Chile nas quartas de final.

Dunga reclama durante jogo com Venezuela
Foto: Andres Stapff / Reuters

As voltas que o mundo dá... Oito anos depois, os personagens voltam a se encontrar. Em uma situação bem diferente, mas não menos complicada. Afinal, uma derrota poderia mandar o Brasil de volta para casa. Não custa recordar que em 2007 o time de Dunga ficou com o título. Que venha o Paraguai, contra quem a experiência será ainda mais necessária.

Que em Concepción Robinho tenha fôlego para aguentar após cinco dias de descanso, porque depois de controlar o jogo, o técnico da Seleção Brasileira resolveu rechear o time de zagueiros, colocando David Luiz e Marquinhos para preencherem os postos de primeiro volante e lateral direito, respectivamente, e teve que ver a Venezuela fazer um gol e pressionar o Brasil. Situação absolutamente dispensável. 

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Fonte: Terra
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