Dona da casa, a Seleção Brasileira decidiu disputar a Copa América que começa no próximo domingo, 13. A decisão foi tomada em conjunto entre jogadores e comissão técnica. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
O afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) após acusação de abuso sexual e moral contribuiu para a mudança de posicionamento dos atletas.
Apesar de optar por não boicotar a competição, os jogadores preparam um manifesto que será publicado após a partida de amanhã contra o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Eles não gostaram da maneira como foi conduzida a mudança de sede da Copa América. Um grupo deseja que o documento seja publicado ainda nesta segunda-feira.
"Não podemos falar do assunto. Todo mundo já sabe do nosso posicionamento. Mais claro impossível. O Tite deixou claro para todo mundo o que nós pensamos da Copa América. Existe respeito e hierarquias que respeitamos. Claro que queremos dar a nossa opinião, rolou muitas coisas", declarou Casemiro, capitão da Seleção, após a vitória contra o Equador na última sexta-feira.
A insatisfação dos jogadores virou preocupação para o presidente Jair Bolsonaro. Ele não aceita que a competição não aconteça e estava pressionando Rogério Caboclo, até então presidente da CBF, para demitir Tite e colocar Renato Gaúcho. O ex-técnico do Grêmio é apoiador declarado do atual presidente.
Nesta segunda-feira, Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil, passou a endossar as críticas contra o treinador da Seleção e chegou a afirmar que o Cuiabá, recém-promovido para a elite do Brasileirão, estava sem técnico, em uma indireta sobre um destino para Tite.
Apesar da pressão política, Tite faz um bom trabalho no comando da Seleção. Ele está invicto nas Eliminatórias da Copa e conta com o apoio dos jogdores, que fizeram questão de abraçá-lo na comemoração dos gols na última partida.