Não foi à toa que Jorge Sampaoli tenha mandado alguém a São Paulo para seguir de perto a Jorge Valdívia. Queria saber em que condições o seu camisa 10 chegava para a Copa América dentro de casa. E, embora os torcedores do Palmeiras se dividam entre amor e ódio pelo jogador, o Chile não tem lá muitas alternativas: é amar ou largar.
E para uma seleção como a chilena, com uma boa safra de jogadores, ter Valdívia é um luxo mais do que necessário. E o atleta parece ter chegado bem a essa competição. Podem acusá-lo de ter se poupado no Brasil. Mas o certo é que sua primeira partida na Copa América, nesta quinta-feira, diante do Equador, foi impecável.
Se Sampaoli esperava um jogador lúcido, foi isso que teve. Os melhores lances do Chile saíram dos pés de Valdivia. Seu entrosamento com Alexis Sánchez e Isla foi o que de melhor os anfitriões apresentaram no jogo. Valdívia correu como há tempos não se via. Disputou bolas, driblou, deu passes e correu para pegar um passe de Marcelo Díaz, por exemplo.
A sorte do Chile mudou quando Vidal resolveu aparecer. Mas isso demorou a acontecer. Sem o volante metido no jogo, o time chileno até teve duas boas chances na frente do goleiro Domínguez, mas não encontrava alguém que colocasse a bola dentro do gol. “Existe nervosismo da estreia, de jogar em casa e o que há que melhorar vamos resolver ao longo da semana”, afirmou Valdívia.
A verdade é que o camisa 10 ficou em campo até o gol de pênalti, cobrado por Vidal, sair, aos 21min. A mudança já estava decidida por Sampaoli. Mas foi na hora certa. Se Valdivia seguir nesse ritmo e o time do Chile acordar, esse time pode ir longe na competição. Resta saber se vai ter fôlego. “Ninguém gosta de sair, mas tenho que respeitar a decisão do professor”, disse.