Diante de protestos, Fifa descarta cancelamento de Copa das Confederações

21 jun 2013 - 08h38
(atualizado às 12h57)
<p>Entidade mantém torneio no Brasil, mesmo com manifestações populares</p>
Entidade mantém torneio no Brasil, mesmo com manifestações populares
Foto: Reuters

A Fifa disse que não considera a possibilidade de cancelar a Copa das Confederações no Brasil, no momento em que o País é tomado por protestos.

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Na noite desta quinta-feira, estima-se que 1 milhão de pessoas tomaram as ruas de 80 cidades. Policiais dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha no Rio de Janeiro, onde mais de 300 mil pessoas protestaram contra a disputa da Copa das Confederações na cidade.

No entanto, a entidade máxima do futebol mundial disse, em comunicado, que “nem a Fifa e nem o COL (Comitê Organizador Local) têm discutido a possibilidade” de cancelar a competição. O chefe de comunicação da Fifa, Pekka Odriozola, mais uma vez reforçou o apoio à liberdade de expressão.

"Apoiamos e reconhecemos direito de liberdade de expressão de forma pacífica. Condenamos qualquer tipo de violência e estamos monitorando", disse. "Em nenhum momento, a Fifa pensou em cancelar a Copa das Confederações. Não recebemos nenhum pedido de retirada de nenhuma seleção", reforçou.

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Protestos e confrontos

Os protestos nas cidades-sede da Copa das Confederações começaram justamente na primeira partida da competição, entre Brasil e Japão, no dia 15 de junho, em Brasília. Antes da partida, um grupo de pessoas insatisfeitas com os gastos públicos em estádios para a competição cercou a Arena Nacional Mané Garrincha. Após uma tentativa de ultrapassar a barreira policial, o grupo foi impedido com bombas e balas de borracha. Ao todo, 29 pessoas foram detidas.

No dia seguinte, um grupo de aproximadamente 3 mil pessoas protestou no entorno do Estádio do Maracanã, palco da partida entre Itália e México. Também houve confronto com a polícia e profissionais da imprensa e torcedores que chegavam para a partida sofreram com a utilização de bombas de gás lacrimogêneo por parte da polícia.

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No terceiro dia de competição, pelo menos 50 policiais militares foram acionados para fazer um bloqueio na região do Estádio do Mineirão, antes da partida entre Nigéria e Taiti. Cerca de 300 manifestantes, entre professores, policiais civis e estudantes tentavam chegar ao estádio, mas foram impedidos pelo bloqueio.

Já na segunda partida do Brasil, em Fortaleza, contra o México, houve mais um confronto entre manifestantes e policiais. Quando um grupo tentou ultrapassar a barreira ao redor do estádio, foi reprimido com balas de borracha e bombas. Um jornalista relatou ter sido agredido por policiais no local, apesar de estar credenciado para o evento.

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Ontem, um grupo de manifestante protestou pacificamente em Belo Horizonte contra a realização dos eventos da Fifa. Já em Salvador, o que começou com um ato pacífico terminou em violência antes do confronto entre Nigéria e Uruguai. Quinze ônibus foram incendiados e pessoas ficaram feridas.

Após o incidente, o governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou que irá analisar as imagens e deverá reforçar o policiamento para o confronto entre Brasil e Itália, amanhã, na Arena Fonte Nova.

Com informações The Associated Press

Fonte: Terra
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