Em um país em ebulição com manifestos populares nas principais cidades, cantar o Hino Nacional não é um mero protocolo. Entoá-lo de forma burocrática deixará inevitavelmente a conotação de desinteresse pelo que vive o País, mas soltar os pulmões durante a sua execução vira um manifesto. E foi exatamente a segunda opção a escolhida tanto por jogadores como pelos torcedores presentes no Estádio Castelão para a vitória da Seleção Brasileira diante do México por 2 a 0, na última quarta-feira, pela Copa das Confederações.
Enquanto do lado de fora manifestantes entravam em confronto com a Polícia e levantavam a bandeira de um país melhor e sem injustiças, o Hino Nacional ganhou um coro no Estádio Castelão que resistiu à interrupção equivocada da melodia e deixou mais emocionante sua execução. Foram minutos que não só viraram um manifesto como moveram a Seleção em um começo em ritmo acelerado diante do México. Uma blitz que teve um golaço de Neymar, domínio total brasileiro e a certeza de que o Hino teve seu impacto.
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“Foi lindo, foi maravilhoso. Eu acho que aquele hino, aquela coisa de jogadores junto à torcida, foi um momento para mostrar que, querendo ou não, indiretamente ou diretamente, era um manifesto. Porque foi uma coisa muito emocionante, uma coisa muito forte”, disse o goleiro Júlio César. "Não só eu senti aquela energia, até os jogadores do banco. Hernanes, Lucas... A gente ficou muito feliz com aquela situação. Saímos do hino com aquela vontade e motivação", completou.
Durante a semana, um movimento sugeriu que jogadores e torcedores cantassem o hino de costas para a bandeira, em uma atitude que demonstraria apoio ao que acontece nas ruas do Brasil. Até o ex-meia da Seleção Juninho Pernambucano aderiu ao movimento. Os jogadores optaram por uma execução abraçados, o que não é comum. Poucas pessoas no estádio viraram de costas, mas o ambiente e o entusiasmo na cantoria deixou claro: não era apenas um protocolo.
“Até o juiz que conheço bem (Howard Webb) disse que nunca tinha visto coisa parecida. É um juiz rodado, experiente e já apitou grandes jogos de seleções. Ele disse que não tinha visto nada parecido”, enfatizou Júlio César, jogador que engrossou a lista de jogadores que durante a semana se posicionaram sobre a onda de manifestos.
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Pouco antes as partida, o atacante Neymar quebrou o silêncio sobre o que acontece no país e se posicionou a favor de protestos pacíficos. No hino, foi um dos mais emocionados. "Foi emocionante o que a torcida fez. Não tem satisfação maior, orgulho maior do que correr para eles dentro de campo", disse o jogador, que na sequência completou uma de suas melhores partidas com a camisa da Seleção. Além do gol e da assistência, o camisa 10 infernizou a defesa mexicana e se vingou da decepção pela prata olímpica em 2012.
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Um dos jogadores que se posicionou de forma mais contundente sobre a efervescência política durante a semana, o zagueiro David Luiz disse que tal demonstração de patriotismo não deve acabar e exemplifica o carinho que os jogadores da Seleção têm pelo povo.
“Isso demonstra o que o País, a emoção que a gente tem. A gente se arrepiou quando cantamos todo o hino. Essa demonstração de amor acontece em todos os lugares”, afirmou. A próxima “demonstração de amor” acontece no próximo sábado, quando o Brasil enfrenta a Itália no fechamento da primeira fase da Copa das Confederações, em Salvador.
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Nesta quarta-feira, o Brasil venceu o México nesta quarta-feira, por 2 a 0, no Castelão, em Fortaleza; o placar foi aberto aos 9min do primeiro tempo, com gol de Neymar. O segundo gol veio aos 48min do segundo tempo, com Jô
Foto: Ricardo Matsukawa
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Seleção Brasileira saiu do campo do Castelão vitoriosa
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O time, reunido, celebra a vitória
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O time comemora o segundo gol da partida, aos 48min do segundo tempo
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Jô, Daniel Alves e Neymar festejam o gol da vitória
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Jô saiu do banco no segundo tempo e anotou seu segundo gol no torneio - ele também havia marcado o terceiro da vitória por 3 a 0 sobre o Japão
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Agora, o Brasil já está classificado para a próxima fase, já que a Itália bateu o Japão depois
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O Brasil havia perdido os dois últimos jogos contra o México em Copas das Confederações: na final de 1999 e na fase de grupos de 2005
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Neymar havia feito o primeiro gol do jogo aos 9min, de voleio com a perna esquerda
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Neymar comemorou fazendo símbolo de raça para a torcida no Castelão
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Com os braços abertos, Neymar chama a torcida na hora da comemoração
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Brasileiros fazem a defesa da bola na área
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Júlio César prepara a defesa, enquanto Fred e Paulinho tentam cortar
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Brasileiros disputam a bola na área
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Corona entrega luvas para a gandula
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David Luiz usa uma gaze no nariz para conter o sangue; o jogador se machucou durante a partida
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Felipão observa disputa entre Neymar e Mier
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O técnico reclama a falta
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Hernanes é marcado por dois jogadores da equipe adversária
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Neymar ginga para cima do marcador mexicano
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O atacante segue marcado por dois
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Rodriguez marca o camisa 10 da Seleção Brasileira
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Paulinho chuta para o gol, e Salcido tenta bloquear
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Paulinho se choca com Guardado
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Corona fecha o ângulo para o chute de Neymar
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Corona sai para cortar o cruzamento
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Daniel Alves afasta a bola
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Daniel Alves choca com Torres e vai ao chão
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O camisa 2 da Seleção Brasileira desarma a jogada mexicana
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Daniel Alves e Guardado entram na disputa
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De la Torre observa o desempenho da equipe
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Fred pega a chuteira que ficou caída no gramado
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Hulk domina, mas chuta para fora
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Hulk e Paulinho de olho no lance
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Neymar cabeceia e deixa a marcação para trás
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O atacante é cercado por três da equipe adversária
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O camisa 10 grita pedindo a bola
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Thiago Silva se dirige à área e quase marca
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O técnico da Alemanha, Joachim Löw, assiste à disputa entre Brasil e México
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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, acompanha a partida ao lado de dirigentes
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Jogadores disputam a bola na área
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Corona tenta sair jogando com o pé, e Fred aperta o goleiro mexicano
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David Luiz se machuca e tem que sair do campo carregado na maca
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Daniel Alves tenta sair da marcação de Guardado
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Hulk faz o drible
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Oscar faz a marcação em Hiram Mier
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Luiz Gustavo tenta roubar a bola de flores
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Marcelo afasta a bola
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Neymar faz a cobrança da falta
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Salcido e Flores partem pra cima de Oscar
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Oscar e Flores brigam pela bola
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Paulinho e Torrado disputam o domínio da bola
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David Luiz entra na dividida com Gerardo Flores
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Joachim Löw, técnico da Alemanha, e o ex-jogador Cafu, assistem à partida
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Felipão orienta a equipe
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Júlio César salta e faz a defesa
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Neymar sai na frente na disputa com Giovani
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O atacante acaba tropeçando no meio-campista Andres Guardado, que estava no chão
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Thiago Silva grita, fazendo a defesa ao lado de Júlio César