Atlético-MG x Flamengo: times entram em campo para decidir a Copa do Brasil

Atlético-MG e Flamengo travam o duelo que decide a Copa do Brasil no próximo domingo (10/11)

9 nov 2024 - 09h21
(atualizado às 09h21)
Foto: Acervo pessoal / / Esporte News Mundo

Os clubes que protagonizaram decisões históricas nos anos 1980 e que continuam a ecoar no imaginário do torcedor, escreverão mais um capítulo no próximo domingo (10/11). Dentro da Arena MRV, em Belo Horizonte. Atlético-MG e Flamengo jogarão por milhões de torcedores espalhados pelos cantos do Brasil e do mundo, para que daqui também 40 anos se olhe para trás e busque mais uma glória ou uma revanche.

Escrito por chuteiras e meiões, esse capítulo final da Copa do Brasil vai eleger herois e vilões. Seja mais uma vez com o predestinado Gabigol ou Alan Kardec com um gol de lavar a alma, que dá uma sobrevida ao personagem já caído, cambaleando, sem forças e esperança.

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O Flamengo venceu o primeiro duelo por 3 a 1, com show de Gabriel Barbosa. Ele que não faz uma boa temporada e que até então tinha marcado apenas cinco gols em todo o ano, apareceu em mais uma final. Com os dois tentos anotados em um Maracanã de mais de 67 mil torcedores, ele deu uma vantagem confortável para o Mais Querido na decisão. O time comandado por Filipe Luís pode perder por um gol de diferença que ainda assim se sagrará pentacampeão da Copa do Brasil.

Para o bancário Daniel Marques, a pressão na casa do Galo vai ser algo esperado e natural, mas para ele, o recém efetivado treinador do Flamengo, Filipe Luís, saberá lidar com essa "turbulência até com certa tranquilidade".

Ele não jogará sentado no resultado, apenas reagindo ao que o Atlético vai propor. Obviamente que os primeiros quinze minutos serão de grande pressão, mas com os jogadores em seu melhor nível e obedecendo às orientações do mister, passaremos por essa turbulência até com certa tranquilidade, e começaremos a dominar o meio de campo — disse.

O bancário Daniel Marques comemorando a vitória do Flamengo
Foto: Esporte News Mundo

Confiança é a palavra que descreve esse confronto. Se do lado flamenguista, o sentimento surge por conta da qualidade que o elenco tem, do placar conquistado e da troca de comando técnico, do outro lado, o analista de dados Hugo Gomes Gandra é mais um dos atleticanos que não se abateram com o placar da primeira partida.

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Para ele a "animosidade proporcional à dificuldade" do torcedor é que o faz acreditar, como no mantra entoado nas arquibancadas da Arena. Cantado e vivido durante as campanhas da Copa Libertadores da América de 2013 e da Copa do Brasil de 2014, a prece atleticana propulsionou o Alvinegro às duas conquistas. Para Hugo, o placar adverso não é sinal de desespero e sim de crença.

O Atleticano tem, por cultura, uma animosidade proporcional à dificuldade. Quanto pior é a situação, mais acreditamos, mais confiamos, mais queremos ir para o estádio, mais queremos gritar e cantar. E o gol no fim do jogo do Kardec é o gol que acendeu esse sentimento, e, em contextos assim, não existe qualquer racionalidade que supere isso. Nossa história foi construída por grandes viradas, pelo eu acredito, e, mais uma vez, estaremos lá, prontos para novamente fazer história — disse.

Hugo Gomes Gandra em um jogo do Galo
Foto: Esporte News Mundo

Gustavo Cury, representante comercial, carrega essa mesma confiança atleticana de encarar as adversidades como uma oportunidade de se sobressair. Para Gustavo, que foi ao Maracanã no primeiro jogo da final, está no DNA atleticano conquistar viradas impossíveis, como o empate com o Olimpia na Copa Libertadores da América e as goleadas em cima do Corinthians e Flamengo, pela Copa do Brasil de 2014.

Uma sensação muito bizarra que eu tive. A torcida do Galo deu show, principalmente depois do gol do Alan Kardec, um gol para lavar a alma. Apesar dos três gols e do time não ter um bom desempenho, é o que a gente diz 'enquanto tiver uma camisa preto e branco pendurada no varal, o atleticano torce contra o vento'. Está no nosso DNA, está na nossa história fazer viradas impossíveis — comentou.

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Gustavo Cury na inauguração da Arena MRV, no jogo das lendas atleticanas
Foto: Esporte News Mundo

O rubro-negro Rodrigo Coimba, professor de Educação Física, não esconde o nervosismo e a expectativa para o confronto. Apesar de considerar o Atlético uma equipe forte jogando em casa, ele acredita que o Flamengo levantará mais uma taça da Copa do Brasil em Belo Horizonte.

Uma final é muito emocionante e sempre envolve muito nervosismo e expectativa. Apesar de estarmos desfalcados de quase meio time, a vitória no primeiro jogo mostrou a força do elenco, a capacidade do treinador montar uma equipe competitiva e, nunca menos importante, o quão pesada é a camisa do Flamengo e o tamanho da sua torcida. Para o segundo jogo, espero mais dificuldade. O time do Atlético é forte e jogará em casa, mas, independente de ter levado o gol no Maracanã, temos uma excelente vantagem. Por isso, acredito num jogo com muita entrega das duas equipes, sendo assim, sairemos de Belo Horizonte com a taça e 40 milhões farão a festa pelo mundo — finalizou.

O flamenguista Rodrigo Coimbra ostentando a bandeira do Mais Querido
Foto: Esporte News Mundo

Com a expectativa de casa cheia para a grande decisão da Copa do Brasil, Atlético-MG e Flamengo contarão, com campo e bola, o desfecho para o torneio mata-mata mais importante do país. As equipes se enfrentam na Arena MRV, em Belo Horizonte, às 16 horas.

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