Copa do Mundo Feminina: premiação aumenta 300% e será de R$ 792 milhões

Aumento do valor a ser dividido entre as seleções é confirmado por Gianni Infantino, reeleito presidente da Fifa nesta quinta; torneio terá primeira edição com 32 países neste ano

16 mar 2023 - 10h40
(atualizado às 10h52)
Oceaunz, bola oficial da Copa do Mundo Feminina 2023, tem design inspirado nas belezas naturais de Austrália e Nova Zelândia, países-sede da competição.
Oceaunz, bola oficial da Copa do Mundo Feminina 2023, tem design inspirado nas belezas naturais de Austrália e Nova Zelândia, países-sede da competição.
Foto: Divulgação/Fifa / Estadão

A Copa do Mundo Feminina está recebendo um aumento de 300% na sua premiação total em dinheiro para a edição deste ano. O torneio, que será disputado pela primeira vez com 32 seleções, terá um fundo de US$ 150 milhões (R$ 792,2 milhões na cotação atual) para distribuir entre os países participantes. O valor representa um aumento considerável em relação à edição de 24 equipes, em 2019, quando o montante a ser dividido foi de US$ 38 milhões.

Segundo Gianni Infantino, presidente da Fifa, parte do prêmio em dinheiro deve ser dedicado ao pagamento das atletas. A declaração ocorreu nesta quinta-feira, logo após o cartola ser reeleito no cargo por aclamação até 2027.

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Infantino estabeleceu uma meta de premiação igual para homens e mulheres em suas próximas Copas do Mundo, em 2026 e 2027, respectivamente — uma tarefa difícil quando as 32 seleções masculinas dividiram US$ 440 milhões (R$ 2,3 bilhões) na Copa do Mundo do ano passado no Catar.

O presidente da Fifa também expressou novamente seu descontentamento com as emissoras por oferecerem muito pouco pelos direitos de TV da competição. O cartola disse que a Fifa não venderá os direitos de transmissão do torneio na Austrália e na Nova Zelândia pelos preços atualmente oferecidos.

"As mulheres merecem muito, muito mais do que isso e estamos aqui para lutar por elas e com elas", afirmou. Segundo ele, algumas emissoras, incluindo canais de serviço público, ofereceram até cem vezes menos pelos direitos do torneio feminino.

Infantino levantou a questão pela primeira vez em outubro na Nova Zelândia e insistiu que a Fifa ainda não venderia a esses preços com o futebol feminino atraindo audiências talvez 20% a 50% menos do que os jogos masculinos.

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"Bem, ofereça-nos 20% menos, 50% menos. Mas não 100% menos", disse Infantino no discurso de encerramento do Congresso da Fifa. "É por isso que não podemos fazer isso."

Jogadoras de todo o mundo têm lutado por igualdade salarial e pelo mesmo tratamento dado aos times masculinos. O movimento é capitaneado principalmente por atletas do Estados Unidos, atual campeã, além de Canadá, França e Espanha./COM INFORMAÇÕES DA AP

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