A seleção da Espanha chega pela primeira vez à final da Copa do Mundo Feminina. Em nove edições, esta é apenas a terceira participação da equipe em Mundiais. Diferente da seleção masculina, as “La Rojas”, como são conhecidas, não possuíam tanta força e tradição. Mas isso mudou nos últimos anos.
A boa campanha da equipe na Copa e a ascensão em comparação aos outros anos não é um trabalho de agora. A Espanha investiu na base das atletas, com um trabalho focado na formação e desenvolvimento das jogadoras.
É um esforço que já rendeu resultados. Em 2022, as equipes espanholas femininas venceram as Copas do Mundo Sub-17 e Sub-20.
Com a boa formação, o time conta com a “geração de ouro”, que vem da base e têm experiência em competições internacionais, como a duas vezes Melhor do Mundo, Alexia Putellas, Cata Coll e Aitana Bonmatí, mas quem vem sendo o destaque desta Copa é Salma Paralluelo.
Aos 19 anos, Paralluelo foi campeã mundial Sub-17 em 2018 e Sub-20 em 2022. E agora, pode ganhar o campeonato principal. Nas quartas, ela saiu do banco de reservas e fez o gol da classificação espanhola, nos acréscimos, contra a Holanda. Nas semis, ela decidiu novamente, fazendo o segundo gol da Espanha sobre a Suécia e levando o time de forma histórica para a final.
Histórico em Copas
A estreia da equipe em Mundiais foi em 2015, na Copa do Mundo do Canadá. O time ficou no Grupo E, com Brasil, Coréia do Sul e Costa Rica, e não se deu bem. Com um empate por 1 a 1 contra Costa Rica e duas derrotas, por 1 a 0 para o Brasil e 2 a 1 para Coréia, a equipe ficou em último lugar do grupo e não passou nem da primeira fase.
Na Copa da França, em 2019, uma atuação melhor. Disputando vaga no Grupo B, com Alemanha, China e África do Sul, passou em segundo lugar no grupo, com uma vitória por 3 a 1 contra a África do Sul, um empate em 0 a 0 com a China e uma derrota por 1 a 0 para a Alemanha. Nas oitavas, jogou contra o Estados Unidos e foi eliminada. Perdeu por 2 a 1, para a equipe que foi a campeã daquele ano.
No Mundial deste ano, a equipe estava no Grupo C, ao lado de Japão, Zâmbia e Costa Rica. O time começou bem, mas escorregou para o Japão, na última rodada da primeira fase, sofreu uma goleada de 4 a 0 e passou como segundo do grupo.
Nas oitavas, a equipe se recuperou e venceu a Suíça por 5 a 1. Na fase seguinte, teve a tarefa de enfrentar a vice-campeã, Holanda, e não se abalou. As La Rojas venceram por 2 a 1 e chegaram às semis pela primeira vez. A história continuou a ser escrita no jogo contra a Suécia, quando as espanholas conquistaram vaga na final em sua terceira participação no Mundial.