A seleção campeã da Copa do Mundo Feminina receberá prêmio menor que o recebido pela Argentina, campeã do mundial masculino de 2022. O grupo liderado por Leonel Messi recebeu US$ 440 milhões, cerca de R$ 2,3 bilhões, valor superior aos US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 792 milhões) oferecidos à primeira colocada da Copa Feminina.
Apesar da diferença ainda existente, a quantia oferecida às mulheres em 2023 é dez vezes maior que a de 2015, e três vezes a mais que em 2019. Além disso, pela primeira vez a entidade irá premiar as jogadoras da competição de forma individual. As 736 atletas inscritas no Mundial poderão receber de US$ 30 mil a US$ 4,2 milhões, conforme avancem de fase. Os valores equivalem a R$ 144,1 mil e R$ 20,1 milhões, respectivamente.
De acordo com o presidente Gianni Infantino, a entidade pretende equiparar pagamentos e condições de serviço, como voos, logística e acomodações. O compromisso foi anunciado durante o 73º Congresso da FIFA, realizado em Ruanda, em março.
Referência dos Estados Unidos, a atacante Alex Morgan enalteceu a decisão. A jogadora é presença constante em manifestações em prol da equidade no esporte, especialmente na seleção norte-americana.
"A FIFA realmente fez, e é surpreendente que isto esteja saindo da minha boca, um bom trabalho ao ampliar o valor do prêmio. Ainda temos um caminho longo para percorrer, mas ter pagamentos diretos para as jogadoras é enorme. Quero dizer, é algo que muda a vida de algumas delas", disse a jogadora em entrevista ao Onefootball.
A Copa do Mundo Feminina começa no próximo dia 20 de julho, e irá acontecer na Austrália e Nova Zelândia.