Donald Trump criticou a atacante Megan Rapinoe, após a eliminação da seleção dos Estados Unidos na Copa do Mundo feminina. No último domingo, 6, a Suécia eliminou os EUA nos pênaltis disputando as oitavas de final. Rapinoe errou a cobrança ao finalizar por cima do travessão.
Após a eliminação, Trump usou o acontecimento para fazer ataques políticos, criticou as atletas e até o comando do Presidente dos EUA, Joe Biden. O político ironizou a derrota norte-americana no Mundial e disse que o país está indo "para o inferno". As declarações foram feitas na Truth Social, plataforma criada pelo político após ser banido do Twitter.
“A derrota "chocante e totalmente inesperada" da seleção feminina dos EUA para a Suécia é totalmente emblemática em relação ao que está acontecendo com nossa outrora grande nação sob o comando de Joe Biden. Muitas das nossas jogadoras se mostraram abertamente hostis à América - nenhum outro país se comportou de tal maneira, ou mesmo próximo. Acordada igual à falha. Belo chute, Megan, os EUA estão indo para o inferno”.
Não é a primeira vez
Megan Rapinoe já fez críticas ao líder republicano e é abertamente contra as ideias políticas e ideológicas de Trump. Em 2019, após vencer a Copa do Mundo, a jogadora não visitou a Casa Branca, como é tradição da equipe.
Não é a primeira vez que o político ataca a jogadora. Rapinoe, de 38 anos, disputou sua última Copa este ano, e é conhecida pelo ativismo e apoio às causas sociais. Ela atua na luta por igualdade de gênero no esporte e representa ativamente o movimento LGBTQIA+.
Ainda em 2019, Rapinoe e as 27 atletas da seleção norte-americana processaram a Confederação Americana por discriminação de gênero. A ação na Justiça deu resultado: depois desta Copa do Mundo, homens e mulheres passaram a receber o mesmo salário.
Por todo trabalho, ano passado, a atleta recebeu do Presidente Joe Biden, a Medalha Presidencial da Liberdade, maior honraria dada a um civil no país. Megan foi a primeira jogadora de futebol a receber este reconhecimento.