Mãe de jogadora da Jamaica faz vaquinha para ajudar seleção na Copa

Mesmo com apoio da filha de Bob Marley, as ‘Reggae Grilz’ lutam por melhor estrutura

26 jul 2023 - 07h52
(atualizado às 08h48)
Reggae Girl Havana Solaun (esquerda) e mãe Sandra Phillips-Brower
Reggae Girl Havana Solaun (esquerda) e mãe Sandra Phillips-Brower
Foto: Reprodução/Jamaica Observer

Em sua segunda Copa do Mundo, a seleção da Jamaica conta com o patrocínio de Cedella Marley, por meio da Bob Marley Foundation. Apesar do suporte nos últimos anos, as jogadoras ainda buscam melhores condições de trabalho. A mãe da meia Hava Solaun, Sandra Phillips-Brower, criou uma vaquinha online para cobrir as despesas no Mundial.

Seleção da Jamaica na estreia da Copa do Mundo Feminina
Foto: Reprodução/Instagram

A iniciativa foi tomada para que as jogadoras se concentrem ao máximo no torneio, sem que precisem se preocupar com questões políticas. Cerca de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 238 mil) já foram arrecadados para bancar os custos de viagem da seleção, já que a Federação de Futebol da Jamaica (JFF) só arcou com parte dos gastos.

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“Se eu puder de alguma forma tornar essa jornada mais tranquila, e deixá-las se concentrarem no que eles adorariam fazer, que é jogar futebol... Elas têm o direito de ir até lá e fazer o que elas se qualificaram para fazer”, disse Sandra Phillips ao jornal Jamaica Observer.

Algumas atletas se pronunciaram no mês passado, cobrando ações da Federação. "Em várias ocasiões, nos reunimos com a federação para expressar respeitosamente as preocupações resultantes de planejamento, transporte, acomodações, condições de treinamento, compensação, comunicação, nutrição e acessibilidade a recursos adequados. Também aparecemos repetidamente sem receber uma compensação contratualmente acordada”, publicaram as atacantes Cheyna Matthews e Khadija "Bunny" Shaw.

O comunicado revelou que as jogadoras foram informadas que as reivindicações seriam atendidas, mas não foi o que ocorreu. A FIFA encaminha fundos para as 32 seleções participantes, mas o repasse parece não ter chegado até a seleção feminina jamaicana.

“Minha filha e as outras meninas não deveriam se preocupar com a política interna da federação, ou em conseguir um voo ou acomodação. Estou procurando a melhor maneira de distribuir o dinheiro para onde é mais necessário”, desabafou a mãe de Hava Solaun.

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A Jamaica está no mesmo grupo do Brasil e as seleções se enfrentam no dia dois de agosto às 7h de Brasília, pela terceira e última rodada da primeira fase.

Antes disso, as Reggae Girlz encontram o Panamá no próximo sábado, enquanto o Brasil duela com a França, no mesmo dia.

Fonte: Redação Terra
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