O Brasil oficializou em abril a candidatura a país-sede para a Copa do Mundo Feminina de 2027. Segundo a Ministra do Esporte, Ana Moser, o orçamento para a realização do torneio no País não prevê o uso de dinheiro público.
“Não existe e muito provavelmente não existirá investimento em obras para a Copa do Mundo (de 2027). O investimento (público) que existirá será no legado para o desenvolvimento do futebol feminino – completou a ministra, que neste mês lançará uma estratégia nacional para o futebol feminino, um conjunto de ações, projetos de leis e programas com foco no esporte”, disse a ministra em entrevista exclusiva ao ge.
Com o apoio do Governo Federal, a CBF é uma das confederações candidatas a receber o torneio. África do Sul, Estados Unidos e do México (que em 2026, com o Canadá, receberão a Copa do Mundo masculina), e outra conjunta das confederações da Holanda, Bélgica e Alemanha, são as outras candidatas.
O projeto final precisa ser entregue à FIFA até dezembro, e de acordo com a ministra, a proposta apresentará oito sedes. “A capacidade dos estádios é menor (em comparação ao torneio masculino), então há uma flexibilidade para escolher. Um dos pontos a favor da nossa candidatura é o fato de termos esse legado da Copa de 2014, não é preciso grandes investimentos”, explicou Ana.
A ministra do Esporte revelou que o Governo pode sediar outros grandes eventos, mas o foco atual é apenas o planejamento do Mundial Feminino.
“Não é a prioridade, o foco realmente é na Copa do Mundo e em implantar o Sistema Nacional do Esporte. Mas o Brasil é um país enorme, é uma vocação. Então é algo que fatalmente irá acontecer de receber grandes eventos, não só na área de esporte, mas em outros setores. Por enquanto, é a Copa do Mundo (feminina)”, finalizou Ana Moser em entrevista aos repórteres Gabriela Ribeiro e Leonardo Lourenço.