Em entrevista coletiva após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, a técnica Pia Sundhage reconheceu que demorou em mexer nas peças da Seleção Brasileira durante o jogo. O empate contra a Jamaica na primeira fase fez o Brasil se despedir precocemente do Mundial.
“Essa é sempre uma pergunta que a gente se faz, quando a gente vê que não funcionou. Algumas das situações ali no segundo tempo poderiam ter sido melhores. Quando vemos o resultado, percebemos que foi um pouco tarde”, disse a treinadora ao avaliar que as substituições não surtiram efeito.
Mesmo com mais posse de bola e com o domínio do jogo no campo de ataque, o Brasil pouco produziu e não conseguiu criar boas oportunidades de gol. “Quando não conseguimos furar a defesa delas, acabamos ficando estressadas. E quando a gente fica estressado, acaba ficando mais lento, sem coragem”, analisou a técnica sueca.
Com o resultado, a Seleção tem o pior desempenho em 28 anos. Pia avaliou que o time teve uma preparação completa para o Mundial. “No final o resultado é minha responsabilidade, mas não minha apenas. Tem a ver como a forma como trabalhamos, a nossa preparação. Eu realmente tenho que pensar se poderia ter feito diferente. Nós fizemos uma boa preparação, bons jogos e bons treinamentos. Há uma distância enorme entre o fracasso e o sucesso”, analisou.
Perguntada sobre a postura diante de uma adversária que joga fechada como a Jamaica, a técnica foi pontual: “Nós falhamos em duas coisas: na velocidade de jogo e no aproveitamento da largura do campo”
Pia não falou sobre a continuidade de Marta no ciclo para os Jogos Olímpicos do próximo ano, mas comentou sobre a possível ausência da camisa 10 a partir de agora na Seleção.
“Com a Marta não sei, acho que ela vai continuar a jogar, mas se vai ser convidada para a Seleção, temos que ver. Vai continuar difícil para a Marta continuar jogando, para ser convocada para a Seleção tem que ser melhor do que hoje e eu espero que tenha bastante jogadoras para eu convocar”, comentou a treinadora
Presente em todas as edições de Copas do Mundo, o Brasil só ficou na primeira fase em 1991 e 1995.
A Seleção Vrasileira termina sua participação na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia na terceira posição do grupo F com quatro pontos. França com sete e Jamaica com cinco avançaram para as oitavas de final. Assim como o Brasil, o Panamá também ficou na primeira fase do Mundial, mas sem pontuar.