Telê Santana é um nome para sempre reverenciado na galeria dos grandes treinadores do Atlético-MG. Foi com ele que o clube conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro, em 1971 – época em que Dadá Maravilha ditava o ritmo da equipe. Mas não há como negar que Cuca, com quem o Galo acaba de ganhar o segundo título da competição, está um degrau acima, pelo menos em números, em resultados.
O currículo de Cuca traz outra façanha na sua relação com o Atlético-MG. Foi em 2013, quando o time ergueu o troféu internacional mais importante de sua história: o da Libertadores. Contava com o talento de Ronaldinho Gaúcho, o oportunismo de Jô e Diego Tardelli, a eficiência de Marcos Rocha e Leonardo Silva, o que ajudou bastante para superar o Olímpia na final que acabou decidida em cobranças de pênaltis.
Hoje, com um elenco também de ponta, com destaque para o veterano Hulk, o melhor jogador do Brasileiro, coube a Cuca montar sua estratégia jogo a jogo para que o favoritismo que se desenhava ao longo da competição não terminasse em frustração. Desde 1971, o Atlético chegou cinco vezes como vice-campeão nacional. Não havia mais tempo a perder.
Seu principal mérito em 2021 foi o de saber gerenciar o elenco. Ciente de que a concorrência por vagas no time é alta, ele trabalhou bem isso em conversas abertas com os jogadores. Usou de transparência e combateu o excesso de vaidade na raiz. Como se não bastassem já as duas honrarias com que presenteou o clube, Cuca pode ir mais longe ainda, caso leve para Belo Horizonte mais uma Copa do Brasil – o título sairá de dois embates com o Athletico-PR, nos dias 12 e 15 de dezembro.
A primeira e única Copa do Brasil do Galo veio em 2014 com Levir Culpi, que também tem seu espaço reservado nessa lista seleta do Atlético-MG. Dirigiu a equipe naquela campanha vitoriosa, derrotando duas vezes o Cruzeiro na decisão.