Ex-vereador e ex-deputado estadual pelo Rio, Roberto Dinamite se identificava com partidos de centro-direita e não alimentava extremismos. O maior ídolo da história do Vasco morreu na manhã desse domingo, aos 68 anos, exatamente no mesmo dia em que golpistas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes em Brasília. Se vivesse mais algumas horas, certamente reagiria com indignação aos atos na capital federal.
Dinamite se mostrava ultimamente mais a favor de pautas associadas ao espectro da esquerda. Em 2021, por exemplo, disse que sentia orgulho ao ver o Vasco levantar a bandeira da causa LGBTQIA+ contra as discriminações por causa da orientação sexual. Pouco antes, já se manifestara do mesmo modo sobre campanhas do clube contra o preconceito racial.
Também enfatizava a importância de se investir na educação e destacava o papel dos professores.
Em 2020, ele fez postagens em suas redes sociais combatendo as fake news, já na onda de informações sem fundamento que se multiplicavam a respeito da pandemia da covid-19. No ano seguinte, divulgou foto na qual recebia a primeira dose da vacina contra a doença provocada pelo coronavírus e declarou que a chegada (da vacina) “enchia de esperança os brasileiros”.
Já em 1996, quando exercia mandato de vereador na capital carioca, Dinamite foi autor de projeto aprovado pela Câmara Municipal que criava bibliotecas itinerantes na cidade, “a fim de promover o hábito da leitura”.
O ex-craque do Vasco e da Seleção brasileira vai ser sepultado nessa terça (10), no Rio.