O empresário Alberto Francisco de Oliveira Junior, de 64 anos, foi proprietário de um bar dentro da Vila Belmiro, em Santos, no litoral de São Paulo, durante 25 anos. No estádio, o comerciante teve a oportunidade de assistir algumas vezes Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, jogar pelo seu time, o Santos Futebol Clube.
O Rei do Futebol morreu na tarde desta quinta-feira, 29, de falência múltipla de órgãos em decorrência de um câncer de cólon, após ficar internado por um mês. O velório será na segunda-feira, 2, na Vila, e o enterro será um dia depois, na terça-feira, 3, às 10h, no Memorial Necrópole Ecumênica.
Alberto tem tatuagens do brasão do time por todo o corpo, inclusive no rosto. Ao Terra, o empresário relembrou como foi ter a oportunidade de ver o ídolo brasileiro em campo. "Eu vi ele jogar umas duas, três vezes. Pelé é atleta, não existe igual a ele. Ninguém chega aos pés. Estão passando [na TV] as imagens do que os melhores jogadores de hoje fazem, e ele já fazia isso há 30 anos. Ele é unico", afirmou.
O empresário, que atualmente tem um comércio próximo à Vila, chegou a conhecer e conversar com Pelé. "É muito triste [a morte do Rei]. Acho que é o dia mais triste do Santos. Eu acredito que o Santos só é o clube que é hoje porque teve o Pelé. Santos nunca seria esse time se não fosse o Pelé. Se não fosse ele, nós não seríamos ninguém. Foi ele quem trouxe os holofotes do mundo todo. Para mim, ele é um mito".
Alberto também afirmou que Pelé fazia o cabelo na barbearia localizada ao lado de seu bar e sempre foi muito simpático com todos que falavam com ele. "Ele fazia bem pra todo mundo, gostava de todo mundo e falava com todo mundo na rua. A mensagem que deixo é: quer ser jogador de futebol, seja dez por cento do que o Pelé foi".